Prisão preventiva de três meses para português acusado de matar criança na Polónia
Interrogado por procuradores polacos, o homem, que era o tutor legal da criança, fica preso a aguardar julgamento e arrisca prisão perpétua.
O português detido na Polónia, acusado de violar e assassinar um rapaz de três anos, vai ficar em prisão preventiva por três meses, enquanto aguarda um julgamento, que poderá resultar numa pena de 12 anos a prisão perpétua.
A informação sobre a duração da prisão preventiva aplicada pelas autoridades judiciais polacas foi adiantada à agência Lusa pelo gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
A Rádio Polónia noticiou, esta segunda-feira, que o português foi detido da cidade de Wieruszowo, no centro da Polónia, acusado de abuso, violação e assassínio de um menino de três anos, de quem era o tutor legal.
O homem, que foi interrogado pelos procuradores com a ajuda de um tradutor, não admitiu a culpa.
A mãe da criança, de 23 anos, também foi detida, mas não foi acusada.
Um porta-voz dos procuradores disse que a mãe não estava presente durante o ataque e que não havia motivos para acreditar que estivesse envolvida em qualquer outro delito envolvendo a criança, acrescentando que seria libertada.
A mãe levou o filho a um hospital local na sexta-feira. A criança foi, posteriormente, transportada por via aérea para um hospital pediátrico especializado, onde morreu, no sábado, devido a um traumatismo craniano.
"A Embaixada de Portugal, em Varsóvia, está em contacto com as autoridades judiciais polacas e com o cidadão português em questão, prestando o apoio consular adequado", indicou ainda a fonte do gabinete do secretário de Estado.