Conselho Superior da Magistratura demarca-se da greve de juízes
Órgão de gestão e disciplina dos juízes diz que não tem poder para "fazer cessar" o protesto dos magistrados.
O Conselho Superior da Magistratura demarca-se da greve da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), considerando que não é parte do conflito e que não tem poder "para o fazer cessar".
Em comunicado, o CSM adianta que recebeu o pré-aviso de greve da ASJP e que o assunto "opõe exclusivamente esta Associação Sindical ao Governo, não sendo o conselho parte nesse conflito, nem tendo, consequentemente, qualquer poder para o fazer cessar".
Porém, o CSM lembra que "devem ser acautelados pelos juízes, nos dias abrangidos pela greve, todos os actos e diligências processuais indispensáveis à tutela dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos".
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses marcou para os dias 3 e 4 de Outubro uma greve em protesto por não ter havido acordo com o Governo em relação ao Estatuto. As eleições autárquicas realizam-se dia 1 de Outubro.
O pré-aviso de greve propõe que os serviços mínimos não abranjam as operações de apuramento eleitoral.
No dia 3 de Outubro a greve abrange "todos os juízes colocados nos tribunais de primeira instância da jurisdição comum e administrativa" e no dia 4 "todos os juízes colocados nos tribunais superiores - Supremo Tribunal de Justiça, Supremo Tribunal Administrativo, Tribunal Constitucional, Tribunal de Contas, Tribunais da Relação e Tribunais Centrais Administrativos", indica a ASJP.