Resultados definitivos das presidenciais angolanas divulgados esta quarta-feira

Segurança reforçada em Luanda.

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As eleições realizaram-se a 23 de Agosto Lusa

Os resultados definitivos das eleições angolanas vão ser divulgados esta quarta-feira, disse a porta-voz da Comissão Eleitoral, Júlia Ferreira, citada pelo Jornal de Angola.

O prazo legal para a divulgação dos números finais da eleição de 23 de Agosto terminam hoje. A tomada de posse do novo Presidente está marcada para 20 de Setembro - segundo os dados provisórios, o MPLA elegeu o Presidente, João Lourenço, e o vice-presidente, Bornito de Sousa.

Fontes em Angola disseram ao PÚBLICO que a segurança foi reforçada em algumas áreas do centro da capital, Luanda, para o caso de haver protestos após a divulgação - por exemplo, junto à Praça 1.º de Maio. Em alguma fotografias que circulavam nas redes sociais via-se um forte aparato policial. Porém, acrescentam as fontes, não havia nada até ao início da tarde que indicasse a existência de um protesto organizado.  

Uma nota do Ministério do Interior angolano do início de Setembro para os comandos provinciais da polícia, a que o PÚBLICO teve acesso, diz quais as medidas a adoptar ao "avizinhar-se" a data da divulgação dos resultados eleitorais, "tendo em conta os pronunciamentos dos partidos da oposição", que contestaram os resultados provisórios anunciados.

A Comissão Eleitoral analisou os protestos dos partidos UNITA, FNLA, PRS, APN e CASA-CE, que consideraram ter havido irregularidades na contagem dos votos e na divulgação dos resultados parciais - que deram a vitória ao MPLA mas sem maioria qualificada (mais de dois terços), o partido no poder e do Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, que depois de 37 anos no poder não se recandidatou. Os protestos foram considerados sem fundamento.

Diz a nota do Ministério do Interior que deve ser reforçado o policiamento nos locais de maior concentração populacional, como praças públicas onde decorrem habitualmente manifestações; que deve ser feita segurança reforçada às instalações da Comissão Eleitoral, que a polícia deve "assegurar as sedes das forças políticas concorrentes e seus líderes" e que as forças devem informar rapidamente os serviços sobre "tentativas de manifestações ou outros actos relevantes".

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