Inventor alega que jornalista sueca morreu após ser atingida por escotilha de submarino
Peter Madsen afirma que terá escorregado enquanto segurava a tampa de escotilha para que Kim Wall entrasse no navio.
A jornalista sueca Kim Wall morreu de forma acidental, depois de ser atingida com uma tampa de escotilha a bordo do submarino onde seguia, declarou o inventor do submarino Peter Madsen, suspeito de ter cometido um crime.
Durante um depoimento num tribunal dinamarquês nesta terça-feira, Peter Madsen conta, citado pela Reuters, que estava a segurar a tampa de escotilha para que a jornalista entrasse no submarino. Contudo, alegou, acabou por escorregar, fechando a escotilha e atingindo Kim na cabeça.
Kim Wall “ficou gravemente ferida e estava deitada com uma grande hemorragia”, declarou o inventor dinamarquês, acrescentando que existia uma “poça de sangue no lugar onde ela estava deitada”.
O incidente ocorreu a 10 de Agosto, quando Kim embarcou no submarino Nautilus para escrever uma história sobre o seu inventor. Duas semanas após o desaparecimento de Kim, as autoridades dinamarquesas encontraram o seu corpo, desmembrado no mar.
Em tribunal, o suspeito de 46 anos garantiu que não mutilou o corpo de Kim, assegurando que o colocou “inteiro” no mar.
Peter Madsen foi acusado pelas autoridades de homicídio, um crime que pode ir dos cinco anos de prisão até prisão perpétua. Porém, o suspeito nega as acusações, garantindo que a morte da jornalista foi acidental.
Madsen foi detido depois de afundar deliberadamente o submarino. De acordo com o The Copenhagen Post, o tribunal pediu para que fossem realizados exames psiquiátricos ao inventor do submarino.