A polícia francesa deteve um homem de 34 anos suspeito de estar ligado ao desaparecimento de Maëlys de Araújo, de nove anos, cujo paradeiro é desconhecido desde o fim-de-semana. Trata-se de um convidado da festa de casamento de onde a criança desapareceu, cerca das 3h de domingo.

A detenção ocorreu cerca das 10h30 nesta quinta-feira, segundo o site da televisão francesa BFM. As primeiras informações divulgadas indicavam que o detido teria 24 anos e teria sido visto no local da boda, mas sem ser convidado. Essas informações, que a AFP dizia ter confirmado, acabaram por se revelar incorrectas: o detido era mesmo convidado do casamento e, segundo a mesma estação televisiva, já tinha sido ouvido pela polícia, que aliás ouviu todos os convidados da boda, cerca de 200. 

Foram "inconsistências" e "incoerências" nas declarações feitasnesse momento que levaram a polícia a deter o homem.

Maëlys é de origem portuguesa e, na noite de sábado para domingo, encontrava-se com a família numa festa de casamento, em Pont-de-Beauvoisin, no Sudeste de França, região de Auvergne-Rhône-Alpes. De acordo com os media franceses já referidos, o homem que foi detido nesta quinta-feira de manhã estaria nas imediações do local. De acordo com o canal de televisão RTL, o homem detido não fazia parte dos convidados do casamento.

A família deu conta do desaparecimento de Maëlys por volta das 3h de domingo. Depois de darem o alerta entre os 180 convidados da boda, e de a terem procurado durante cerca de uma hora, os pais contactaram a polícia, que nunca descartou a hipótese de rapto.

As autoridades empreenderam no terreno buscas apoiadas por cães e, ao mesmo tempo, recorreu às redes sociais para divulgar informações sobre a desaparecida e formas de contacto para quem tivesse alguma pista.

Segundo fonte da secretaria de Estado das Comunidades, o caso de Maëlys de Araújo, que é lusodescendente e possui apenas nacionalidade francesa, está a ser acompanhado pelo consulado de Portugal em Lyon, que já conversou com a família para oferecer o apoio necessário.

O caso está nas mãos do departamento de investigações de Grenoble, apoiado pela brigada de investigações de Tour-du-Pin e pela brigada territorial de Pont-de-Beauvoisin.