Administração e sindicatos da Autoeuropa reúnem-se na próxima semana

Foi marcada para a quinta-feira da próxima semana, 7 de Setembro, uma reunião entre a administração da Autoeuropa e os sindicatos. Ministério da Economia tem esperança num acordo entre as partes

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Trabalhadores da Autoeuropa, em Palmela, estão em greve de 24 horas até o início desta quinta-feira LUSA/RUI MINDERICO

A administração da Autoeuropa acedeu a reunir com os sindicatos em 7 de Setembro às 17:00, anunciaram os sindicatos esta quarta-feira, adiantando que a "greve realizada esta quarta-feira paralisou totalmente a fábrica nos três turnos de trabalho".

Os trabalhadores da Autoeuropa, unidade industrial em Palmela do grupo alemão Volkswagen, iniciaram na manhã desta quarta-feira o segundo turno de greve contra o trabalho obrigatório aos sábados, que teve início às 23:30 de terça-feira e termina às 00:00 de quinta-feira.

"Esperamos que a administração retire a actual proposta de novos horários e que seja possível negociar uma solução que corresponda aos anseios dos trabalhadores", disse à agência Lusa Eduardo Florindo, do Sitesul, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul.

O sindicalista acredita que "a disponibilidade manifestada pela empresa para o diálogo vai levar a um entendimento entre as partes", salientando que os trabalhadores nunca contestaram a necessidade de laboração contínua através dos 18 turnos de trabalho que a empresa pretende implementar a partir de Novembro, mas apenas a obrigatoriedade de trabalharem ao sábado.

Ministério da Economia espera acordo

Contactada pela Lusa, fonte oficial da tutela disse que o "Ministério da Economia está a acompanhar a situação na Autoeuropa e espera que haja acordo entre ambas as partes"- trabalhadores e a administração da empresa.

A fábrica de automóveis da Autoeuropa em Palmela "está completamente paralisada em todas as secções" devido à greve, disse à Lusa fonte sindical.

Os cerca de 3.000 trabalhadores que participaram nos plenários realizados na segunda-feira aprovaram uma resolução a confirmar a rejeição dos novos horários, particularmente pela imposição do trabalho aos sábados.

De acordo com o sindicato Sitesul, com os novos horários que a empresa pretende implementar, cada trabalhador só teria direito a gozar dois dias de folga consecutivas de três em três semanas, quando, a juntar ao dia de folga fixa, domingo, a folga rotativa fosse ao sábado ou à segunda-feira.