Pesca de tubarões nas Galápagos resulta em condenações até quatro anos de prisão

Barco com bandeira chinesa foi apreendido em meados do mês de Agosto com 300 toneladas de peixes de espécies em risco de extinção.

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O barco chinês responsável pela pesca ilegal e que agora ficou na posse do Governo do Equador LUSA/Jose Jacome

Um juiz equatoriano condenou 20 chineses até quatro anos de cadeia por pescarem ilegalmente 6600 tubarões ao largo das ilhas Galápagos, no oceano Pacífico.

O barco com bandeira chinesa chamado Fu Yuan Yu Leng 999 foi apreendido em meados do mês de Agosto com cerca de 300 toneladas de espécies em perigo ou no limiar da extinção, incluindo tubarões-martelo.

Os membros da tripulação receberam condenações que vão entre um a quatro anos de prisão, afirmou o juiz no último domingo. Os tripulantes foram também multados num total de 5.9 milhões de dólares (quase cinco milhões de euros).

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador disse que enviou um protesto formal para a China devido à presença de embarcações junto às Galápagos.

Foi também noticiado no início do mês que o embaixador chinês em Quito, Wang Yuilin, afirmou que o seu país quer tomar todas as medidas necessárias para “pôr fim a estas práticas ilícitas”.

As ilhas estão localizadas a cerca de 1000 quilómetros a oeste da costa do Equador.

O ministro do Ambiente equatoriano afirmou ainda que a embarcação chinesa estava a pescar na reserva marinha nas Galápagos. O barco ficará agora na posse do Governo do Equador e os restos animais serão atirados ao mar.

O arquipélago das Galápagos ficou conhecido por ter sido estudado pelo naturalista Charles Darwin, um dos autores da teoria da Evolução de meados do século XIX. Hoje, as ilhas são património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).