Barcelona: dois suspeitos em prisão preventiva e outro em liberdade condicional

O quarto homem detido ficará mais 72 horas sob custódia, à espera que sejam confirmadas as acusações.

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Driss Oukabir é um dos suspeitos que vai ficar em prisão preventiva LUSA/J.J.GUILLEN

Dois dos quatro detidos na sequência do atentado em Barcelona vão ficar em prisão preventiva sem direito a fiança, segundo a decisão do juiz da Audiência Nacional em Madrid encarregado do caso. Outro dos suspeitos fica em liberdade condicional e o quarto ficará sob custódia mais 72 horas, à espera que sejam confirmadas as acusações de que é alvo.

O juiz Fernando Abreu decretou assim prisão preventiva para Mohamed Houli Chemlal e Driss Oukabir, sob acusações de pertencerem a organização terrorista, homicídio e posse de explosivos, avança a Reuters. Mohamed Aalla ficará em liberdade condicional, pois os indícios contra si não são "suficientemente sólidos", de acordo com o jornal El Español. Aalla foi identificado como o proprietário do Audi A3 em que seguiam os suspeitos durante a operação em Cambrils, acusação que foi negada pelo próprio.

Em relação a Salh el Karib, o juiz decidiu que este fica detido nas dependências judiciais por um período nunca superior a 72 horas até que seja completada uma decisão judicial, sendo que deverá ser sujeito a mais interrogatórios.

Quatro indivíduos implicados nos atentados de 17 e 18 de Agosto em Barcelona e Cambrils, que mataram um total de 15 pessoas e feriram mais de uma centena, estiveram nesta terça-feira a ser interrogados em Madrid. Outros cinco integrantes da célula terrorista foram mortos a tiro pela polícia catalã em Cambrils, nas primeiras horas de sexta-feira. Outro suspeito, Younes Abouyaaqoub, foi morto na segunda-feira. Outros dois terão morrido na explosão da moradia de Alcanar, na véspera dos ataques, já que a polícia encontrou dois corpos na residência.

Além disso, Fernando Abreu diz que foi encontrado um bilhete de avião com destino a Bruxelas pertencente ao imã Abdelbaki Es Satty - suposto mentor do ataque - na casa em Alcanar, destruída na véspera do atentado. Aí os investigadores encontraram também um documento relacionado com o Daesh, segundo avança a Reuters.

Houli Chemlal confirmou ainda durante a mesma audiência que o grupo pretenderia levar a cabo um ataque maior com recurso a engenhos explosivos em Barcelona, segundo avançou durante a tarde desta terça-feira o El País.

Chemlal, de 21 anos e natural do enclave espanhol de Melila, no Norte de África, ficou ferido na explosão dessa moradia em Alcanar onde estariam a ser fabricados explosivos, não terá especificado quais seriam os alvos do ataque bombista, apesar de o El Mundo, citando também fontes judiciais, indicar que a Catedral da Sagrada Família terá sido referida durante o interrogatório.

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