Fogo extinto em Mação. Noite tensa na Covilhã

O fogo ameaçou casas e a reitoria da UBI na Covilhã. Entretanto, a norte, a A7 foi reaberta, mas continua o combate às chamas.

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Incêndios de Mação e Gavião estão controlados PAULO CUNHA/Lusa

O incêndio florestal que mais trabalho deu aos bombeiros nos últimos dias, e que deflagrou na quarta-feira em Mação, foi finalmente dado como extinto nesta manhã. O trabalho agora é de consolidação e de verificação de estragos, num concelho que viu 80% da sua área ser consumida pelo fogo.

Esta era o apontamento mais positivo na manhã deste domingo. Durante a noite, porém, houve grande preocupação em torno do incêndio na Covilhã, que deflagrou na tarde de sábado. O fogo chegou a ameaçar várias habitações e a reitoria da Universidade da Beira Interior, avançando posteriormente em direcção ao Parque Natural da Serra da Estrela.

O balanço da Proteção Civil dá conta de quatro feridos nos incêndios nas últimas 12 horas, todos ligeiros, e de danos materiais em habitações na Covilhã.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, disse à Lusa que foi necessário proceder à retirada de algumas pessoas de aldeias, sobretudo idosos, embora não tenha sido "nada de dramático".

"Há agora alguns sítios mais sensíveis, sobretudo o Casal da Serra, junto ao Tortosendo, e a freguesia de Cortes do Meio", esclareceu o autarca, referindo, porém, que não existem populações em perigo.

À TVI, Vítor Pereira disse ainda acreditar que o incêndio teve "mão criminosa".

Mais a norte, a Autoestrada 7 (A7, entre Póvoa do Varzim e Vila Pouca de Aguiar) reabriu ao trânsito esta manhã, por volta das 6h30, depois de várias horas fechada no troço entre Ribeira de Pena e Arco de Baúlhe devido a um incêndio - que entrou entretanto em fase de resolução, segundo a protecção civil.

O incêndio, que começou em Vilarinho (concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real) na tarde de sábado, lavra em mato e pinhal, numa zona de relevo difícil e com poucos acessos, e ainda se aproximou de Formoselos e de outras aldeias. O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, Rui Vaz Alves, tinha na véspera destacado o problema de vários focos, o que obriga à dispersão de meios. "Lamentavelmente têm aparecido focos dispersos. É estranho", afirmou à agência Lusa Rui Vaz Alves.

Mas ao final da manhã de domingo a protecção civil declarou que este se encontrava "em fase de resolução".

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