Quem é Moussa Oukabir, o principal suspeito do ataque em Barcelona
O suspeito terá roubado a identificação ao irmão mais velho, inicialmente apontado como um dos autores do ataque.
As mais recentes informações sobre o atentado terrorista que atingiu Barcelona esta quinta-feira apontam para Moussa Oukabir como o principal suspeito do ataque reivindicado pelo Daesh, que matou pelo menos 13 pessoas (há uma 14.ª vítima, do ataque em Cambrils). De acordo com as autoridades citadas pela imprensa espanhola, Moussa, que está ainda em fuga e “é perigoso”, tem 17 anos e é irmão de Driss Oukabir. Driss foi primeiro nome a ser identificado pelas autoridades como principal suspeito, uma vez que o seu passaporte foi usado para alugar duas carrinhas, uma das quais a utilizada no ataque. Depois de saber que estava a ser apontado como principal suspeito, Driss Oukabir dirigiu-se a uma esquadra da polícia a 100 quilómetros da zona do ataque para dizer que os seus documentos tinham sido roubados.
Agora as suspeitas que recaíram sobre o seu irmão mais novo ganham cada vez mais força. Moussa Oukabir — cujo nome completo é Moussa Oukabir Soprano — vive em Barcelona e é apontado como o responsável pelo atropelamento deliberado de vários transeuntes. De acordo com o jornal catalão La Vanguardia, o suspeito terá chegado de Marrocos no domingo, 13 de Agosto.
Escreve o El Mundo, citando fontes policiais, que Moussa Oukabir terá conduzido a carrinha que entrou pela Praça da Catalunha e seguiu para a zona central da Rambla, exclusiva para peões, percorrendo centenas de metros e atingindo dezenas de pessoad. Após o crime, com um boné, fugiu a correr do centro da cidade.
A actual tese da investigação – sustentada pelo irmão de 28 anos, que se encontra detido – aponta para que o suspeito tenha roubado o passaporte para alugar uma das carrinhas utilizadas no atentado.
Na rede social Kiwi, uma plataforma para fazer perguntas, utilizada especialmente por jovens adolescentes, é possível encontrar alguns comentários já com dois anos (à data teria 15 anos) contra não-muçulmanos. Quando uma das utilizadoras lhe perguntou o que faria se se tornasse líder absoluto do mundo, Moussa respondeu: “Matava todos os infiéis e deixaria apenas os muçulmanos continuarem com a religião”. Já quando o questionaram sobre onde nunca viviria, Moussa afirmou: “No Vaticano”.
As autoridades acreditam que Moussa pertencia a uma célula terrorista composta por 12 pessoas, detalha o El País. Cinco dos presumíveis terroristas foram mortos num segundo ataque em Cambrils na madrugada desta sexta-feira. Existem três suspeitos detidos e permanecem quatro outros (incluindo Moussa) a monte. No entanto, o La Vanguardia cita fontes da Europa Press que acreditam que Moussa poderá estar entre um dos cinco presumíveis terroristas abatidos, algo não confirmado oficialmente pelas autoridades.