Trinta e sete detidos mortos em motim numa prisão na Venezuela

Mortes terão acontecido durante intervenção de uma unidade especial.

Foto
Uma imagem de um protesto recente na Venezuela, país que atravessa uma grave crise política e económica LUSA/NATHALIE SAYAGO

Pelo menos 37 pessoas morreram e 18 ficaram feridas num motim numa prisão do estado das Amazonas, no Sul da Venezuela, anunciaram as autoridades na quarta-feira.

A Procuradoria-Geral designou dois juízes para liderarem o inquérito sobre o sucedido no centro de detenção judiciário de Amazonas, em Puerto Ayacucho, uma cidade de cerca de 40.000 habitantes, próxima da fronteira com o Brasil e a Colômbia.

Segundo duas organizações de defesa dos direitos dos presos, Una Ventana a la Libertad e Observatorio Venezolano de Prisiones, os 37 mortos eram prisioneiros. Catorze guardas-prisionais terão ficado feridos.

O governador do estado de Amazonas, Liborio Guarulla, escreveu por sua vez na rede social Twitter que houve um “massacre” de “mais de 35 pessoas” durante a intervenção de uma unidade especial do Ministério da Interior e Justiça no centro de detenção. Ainda segundo Guarulla, havia 105 presos naquela cadeia quando se deu o motim.

"Este é o pior motim de sempre num centro de detenção preventiva, disse à AFP Carlos Nieto, da organização Una Ventana a la Libertad. "Alguns dos detidos estavam ali há anos, quando a detenção preventiva não devia durar mais que 48 horas", sublinhou.

Segundo números esta organização não governamental, no final de 2016, a população prisional contabilizada cerca de 88 mil pesssoas, quando a capacidade instalada se resumia 35 mil vagas. No estabelecimento prisional de Puerto Ayacucho, a taxa de sobrelotamento atingia os 400%. 

 


 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários