Trump ameaça Venezuela com uma possível intervenção militar
"É um acto de loucura", responde ministro da Defesa venezuelano.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, não põe de parte a possibilidade uma intervenção militar na Venezuela para colocar um ponto final na crise política, social e económica deste país.
“Temos muitas opções para a Venezuela. Não vou descartar uma opção militar”, afirmou, citado pela CNN. “É um país vizinho. Temos tropas em todo o mundo em locais muito, muito longe. A Venezuela não é distante as pessoas estão a sofrer, e estão a morrer. Temos muitas possibilidades para a Venezuela, incluindo a de uma opção militar se necessário”, continuou.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padriño, considerou estas declarações de Trump como "um acto de loucura".
À Reuters, o Pentágono garantiu que não recebeu qualquer ordem da Casa Branca relativa à Venezuela.
"Isto é uma acção de supremo radicalismo, de uma elite extremista que está a governar os Estados Unidos", afirmou Vladimir Patiño à televisão estatal venezuelana. "Enquanto soldado, estou ao lado das Forças Armadas e com o povo. Tenho a certeza de que estaremos na linha da frente a defender os interesses e soberania da nossa amada Venezuela", afirmou o governante.
As declarações de Donald Trump foram feitas à margem do encontro entre Trump, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, e o secretário de Estado, Rex Tillerson, no resort de golfe em Nova Jérsia, onde o Presidente está neste momento a gozar um período de férias.
Donald Trump aproveitou ainda para voltar ao tema da Coreia do Norte e para, pela terceira vez só nesta sexta-feira, lançar avisos com destino a Pyongyang, afirmando que está a considerar sanções adicionais “tão fortes quanto possível”, cita a Reuters.
Além disso, o Presidente afirmou que se “alguma coisa acontecer a Guam vai haver muitos problemas”, referindo-se à ameaça norte-coreana de atacar esta pequena ilha, que é território norte-americano, no Pacífico. Apesar disso, revelando que já falou com o governador local, garante que Guam “vai ficar muito segura”.