Santander Totta espera que fusão com Popular esteja concluída até final do ano
O Santander Totta vai pedir autorização ao Banco Central Europeu para comprar o Banco Popular Portugal ao Santander, seu actual dono. Conclusão da fusão deve acontecer até final do ano.
Depois desta terça-feira a Comissão Europeia ter dado a aprovação final à compra do Banco Popular pelo Santander, pelo preço de um euro, fonte oficial do Santander Totta explicou à Lusa que o banco irá avançar com os procedimentos formais junto do BCE, para a aquisição da operação do Banco Popular em Portugal ao Santander, que o detém na totalidade.
“O Santander Totta irá fazer pedidos de autorização do BCE (…) para a aquisição do Banco Popular Portugal ao Banco Santander, que é o seu actual detentor, e para a fusão legal e das marcas”, disse fonte oficial, questionada pela Lusa.
A mesma fonte explicitou que para o pedido de autorização a Frankfurt é necessário um parecer do Banco de Portugal, que o Santander Totta ainda não possui.
O Santander Totta espera que “as operações em causa possam ser executadas no último trimestre do corrente ano”.
A 6 de junho, o Banco Central Europeu (BCE) decretou que o espanhol Banco Popular não era viável e determinou a sua resolução.
O espanhol Santander acordou então comprar o Banco Popular pelo preço simbólico de um euro.
Para permitir a compra, o conselho de administração do Banco Santander concordou com um aumento de capital de 7000 milhões de euros, que garantirão o capital e as provisões necessários para que o Banco Popular possa operar com normalidade.
Esta operação tem impacto em Portugal, uma vez que o Santander detém o Santander Totta, e este irá integrar a operação do Banco Popular Portugal, incluindo os seus 1.000 trabalhadores.
Na semana passada, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais, o presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, disse que o Santander Totta ainda está “limitado” na sua intervenção junto do Popular porque faltavam autorizações formais.
Já hoje, Bruxelas deu a ‘luz verde’ que faltava à compra do Banco Popular pelo Santander, por considerar que a operação não apresenta problemas de concorrência, uma vez que as quotas de mercado conjuntas dos bancos são inferiores a 25% e que continuará a haver concorrentes fortes nos mercados em causa.
A Comissão Europeia explicou que investigou o impacto da fusão nos mercados de Espanha e Portugal, seja nos serviços bancários de retalho, empresariais, 'leasing', gestão de dívida e prestação de serviços de ATM.