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Incêndios na Madeira: como foram aplicados os donativos recebidos?

No total, ao governo regional e à câmara municipal chegaram cerca de 1,5 milhões de euros. Executivo garante que verba já foi toda entregue às várias entidades promotoras, que estão no terreno a trabalhar junto das vítimas.

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Miguel Manso

No rescaldo dos incêndios foram muitos os donativos recebidos para ajudar as vítimas do Funchal. Contas solidárias. Concertos de beneficência. Doações de electrodomésticos, vestuários e mobiliário diverso. No total, ao governo regional e à câmara municipal chegaram cerca de 1,5 milhões de euros, que foram já aplicados na reconstrução e beneficiação das 251 habitações afectadas.

Para dissipar eventuais dúvidas, o executivo de Miguel Albuquerque criou um portal (donativos.madeira.gov.pt/), onde as verbas angariadas e o destino final destas estão discriminados, através de relatórios trimestrais.

O último documento disponível identifica a aplicação de quase 600 mil euros desse valor, sendo que o grosso foi destinado a apoios à habitação, desde a limpeza, reabilitação e reparação de casas danificadas, passando pela aquisição de equipamentos destinados aos fogos que estão a ser usados para o realojamento provisório, até à aquisição de habitações para o realojamento definitivo.

Mas toda a verba recebida, e não apenas os 600 mil euros, foi já entregue às várias entidades promotoras, que estão no terreno a trabalhar junto das vítimas, garantiu ao PÚBLICO fonte da secretário regional do Plano e Finanças, que está a gerir este dossier. O valor que não está identificado no relatório, explicou a mesma fonte, ainda não foi documentado pelas várias entidades, daí que não conste do documento a forma como foi aplicado.

O objectivo deste portal, é garantir uma utilização “rigorosa e transparente” dos bens e valores doados por pessoas singulares e colectivas.

À autarquia, que também teve uma conta solidária, chegou 177 mil euros. “Decidimos entregar a verba em dinheiro às pessoas afectadas, consoante a dimensão e os rendimentos do agregado”, explicou fonte do gabinete de Paulo Cafôfo.

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