Média de Física e Química foi positiva na 2.ª fase dos exames nacionais
Mais de metade dos alunos inscritos na 1.ª fase à disciplina repetiram a prova, por causa dos maus resultados.
Os estudantes que prestaram provas na 2.º fase dos exames nacionais do ensino secundário conseguiram reverter os maus resultados a Física e Química A alcançados na 1.ª fase. A média a essa disciplina foi positiva (10,1 valores, numa escala que vai até 20).
Esta 2.ª fase foi particularmente concorrida, já que mais de metade dos alunos inscritos optou por voltar a realizar aquela prova.
Em termos globais, os resultados da 2.ª fase dos exames, divulgados esta sexta-feira, mostram uma melhoria da prestação dos alunos. Entre as disciplinas com maior número de inscritos, as excepções são Português e Biologia e Geologia, nas quais, ainda assim, as médias são positivas.
A classificação média a Física e Química A fixou-se, na prova da 2.ª fase, realizada a 19 de Julho, em 10,1 valores. No ano passado, a nota a esta disciplina nesta fase dos exames nacionais tinha ficado em terreno negativo: 8,9 valores.
Esta disciplina foi uma daquelas em que os alunos tiveram pior desempenho na 1.ª fase das provas do ensino secundário. A média desceu para 9,9 valores (face aos 11 valores registados um ano antes), fazendo de Física e Química a segunda prova com piores resultados e aquela com mais chumbos entre os alunos internos (14%), ou seja aqueles que estiveram inscritos nas escolas durante todo o ano.
Por isso, foram muitos os estudantes (16.601) que foram repetir a prova na 2.ª fase. De acordo com os dados disponibilizados nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação, 54% dos alunos que realizaram exame nacional de Física e Química A (715) em Junho voltaram a fazê-lo no mês seguinte.
Latim com a pior nota
Em termos globais, considerando todas as disciplinas, também se verificou um aumento do número de exames nacionais realizados na 2.ª fase (120.872, enquanto no ano passado tinham sido 112.713), tendo havido uma melhoria dos resultados dos alunos. O número de disciplinas em que a média foi inferior a 9,5 valores baixou de nove para quatro. Latim, com 7,9 valores, teve a pior nota. Abaixo deste limitar estão também História A, Geografia A e Filosofia.
A disciplina de Filosofia é igualmente uma das sete em que a prestação dos alunos na 2.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário foi pior do que no ano passado. Na maioria das disciplinas (13), os estudantes conseguiram uma média mais elevada do que em 2016. A Literatura Portuguesa a classificação manteve-se em 10,3 valores.
Entre as disciplinas com maior número de inscritos, Português e Biologia e Geologia foram as únicas em que os alunos não conseguiram melhorar os resultados em comparação com a 2.ª fase dos exames do ano passado. As descidas são, em ambos os casos, muito ligeiras. A média a Português baixou de 10,4 para 10,3 valores. Os alunos já tinham tido pior comportamento do que no ano passado na 1.ª fase, quando a média se fixou em 10,8 valores.
A Biologia e Geologia a média da 2.ª fase baixou de 11,0 para 10,9. Na 1.ª fase, a média a esta disciplina tinha melhorado de 8,9 para 10,1 valores. A Matemática A, a disciplina em que foram realizadas mais provas na 2.ª fase (23.576), a classificação subiu de 9,9 para 10,2 valores.
Habitualmente, os resultados da 2.ª fase dos exames nacionais são mais baixos do que os da 1.ª, uma vez que esta leva de exames serve, sobretudo, para os alunos que não conseguiram aprovação ou que pretendem melhorar as notas.
Os dados relativos às taxas de reprovação dos alunos internos, nesta 2.ª fase, mostram-nos que “uma significativa percentagem dos que não tinham conseguido obter aprovação na 1.ª fase dos exames nacionais conseguiu agora a respectiva aprovação”, salienta o Ministério da Educação numa nota à imprensa divulgada esta sexta-feira.
Nas disciplinas de Economia A e Biologia e Geologia, a taxa de aprovação dos alunos internos foi de 93%, a Português A fixou-se nos 88% e a Matemática B nos 87%.
A Matemática A chumbaram 22% dos alunos nesta 2.ª fase. Os alunos que não conseguiram ser aprovados à disciplina este ano enfrentarão agora um problema, uma vez que o exame de 2018 será feita tendo em conta um novo programa da disciplina.
A solução pode passar por turmas diferenciadas para quem aprendeu segundo o anterior programa ou por exames nacionais diferenciados? O Ministério da Educação ainda não tem uma resposta nem sabe quando vai dá-la às escolas que fazem as turmas durante este mês. A situação “está a ser ponderada e foram pedidos pareceres sobre a matéria a várias entidades”, responde a assessoria da tutela por escrito. Com B.W.