PSD só vai entregar as listas de Lisboa no último dia do prazo

As escolhas de Teresa Leal Coelho e José Eduardo Martins só ficarão oficialmente fechadas no próximo fim-de-semana, mas alguns nomes já são conhecidos.

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Teresa Leal Coelho é a candidato do PSD a Lisboa Miguel Manso
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A candidata apresentou-se oficialmente num evento na Fundação Champalimaud Miguel Manso

Teresa Leal Coelho só deverá entregar as assinaturas e os nomes que integrarão as listas do PSD à Câmara, às Juntas de Freguesia e às assembleias municipais e de freguesia de Lisboa no último dia do prazo, ou seja, a 7 de Agosto, apurou o PÚBLICO junto de fonte da candidatura.

O mapa-calendário da CNE diz que “as listas de candidatos são apresentadas perante o juiz do juízo de competência genérica com jurisdição no respectivo município, salvo quando o mesmo esteja abrangido por juízo local cível, até ao 55º dia anterior à data do acto eleitoral”.

Nos próximos três dias ficarão, então, fechados os nomes que o PSD candidatará a Lisboa. Mas algumas das escolhas já têm vindo a público e gerado desconforto. Além de Teresa Leal Coelho para a Câmara e de José Eduardo Martins para a Assembleia Municipal são oficiais os nomes dos 24 candidatos às juntas.

O momento em que as escolhas para as juntas foram assumidas resultou, aliás, na demissão do então presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, e nas primeiras críticas à candidata. Tudo porque os nomes apresentados por Teresa Leal Coelho continham as propostas de dois dos três núcleos do partido na capital, mas excluíam os nomes indicados pelo núcleo Central, que se tem vindo a afastar de Teresa Leal Coelho.

Mas se, num primeiro momento, a candidata assumiu sozinha as escolhas, com firmeza, neste momento também José Eduardo Martins tem conseguido jogar a sua influência. Um dos homens que deverá integrar a lista para a Câmara Municipal de Lisboa, em número dois, é João Pedro Costa, arquitecto, doutor em urbanismo, professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, antigo assessor e chefe de gabinete de José Eduardo Martins no governo, entre 2002 e 2004. Também fez parte do grupo que o actual candidato à Assembleia Municipal convidou para elaborar o programa eleitoral para Lisboa.

Ainda na lista de vereadores deverão entrar duas mulheres: Sofia Vala Rocha e Margarida Saavedra. A primeira, que ficou conhecida por participar ao lado de Manuela Moura Guedes, Raquel Varela e Isabel Moreira no programa Barca do Infer­no, já foi assessora da vereação da Câmara de Lisboa, adjunta do secretário de Estado da Cultura e consultora jurídica do PSD, na Assembleia Municipal lisboeta.

A segunda é deputada eleita na Assembleia Municipal e já desempenhou o cargo de vereadora na autarquia de Lisboa. Foi também uma das primeiras mulheres licenciadas em Arquitectura a entrar para aquela câmara, há mais quase 40 anos. Conhece bem o chão que vai pisar o que significa que será uma espécie de braço direito de Teresa Leal Coelho.

Em 2013, o PSD (em coligação com o CDS) elegeu quatro vereadores. Se repetisse o número em 2017, os nomes que interessariam seriam os quatro já referidos: Teresa Leal Coelho, João Pedro Costa, Sofia Vala Rocha e Margarida Saavedra. Mas em cima da mesa está ainda o de Rogério Jóia, presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal desde 2014.

Para a Assembleia Municipal, o PSD e o CDS elegeram, em 2013, 14 pessoas. As escolhas para este órgão estão ainda reservadas e incertas. Além de José Eduardo Martins, pode entrar António Prôa (que é actualmente vereador), mas a decisão ainda não está fechada. Os nomes serão aprovados em plenário da distrital (a concelhia está interina e a nacional ainda não marcou eleições para o órgão) até domingo à noite.

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