Lula da Silva volta a ser constituído arguido num processo de corrupção
Antigo Presidente brasileiro é acusado de receber benefícios indevidos das empreiteiras OAS e Odebrecht. É a terceira vez que Lula é constituído arguido.
O ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva foi esta terça-feira constituído arguido num processo que investiga alegados benefícios indevidos que teria recebido das empreiteiras OAS e Odebrecht.
Esta é a terceira vez que o ex-Presidente brasileiro é constituído arguido em processos baseados em investigações dos esquemas de corrupção na Petrobras e em outros órgãos públicos do país.
Lula da Silva foi acusado de ter cometido os crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais num processo relacionado com uma quinta localizada na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo. Segundo o Ministério Público, o ex-Presidente é dono da quinta e teria recebido benefícios indevidos da OAS e da Odebrecht em obras que foram feitas naquele imóvel.
A acusação indica que as obras, no valor de cerca de um milhão e reais (270 mil euros), foram pagas com dinheiro desviado de contactos da Petrobras superfacturados pela OAS e pela Odebrecht.
O ex-chefe de Estado também teria, segundo a acusação, atuado para beneficiar as empresas em concorrências de pelo menos seis contratos que estas firmaram com a Petrobras.
Lula da Silva sempre negou as acusações e disse inúmeras vezes que não é dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos seus filhos.
Além do ex-Presidente, foram constituídos arguidos neste processo os executivos Emílio Odebrecht, Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar, Carlos Paschoal, Emyr Costa, Leo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho.
Foram igualmente constituídos arguidos o agricultor José Carlos Bumlai, que foi acusado de pagar o início das reformas, o ex-funcionário da Presidência Rogério Aurélio Pimentel, o advogado Roberto Teixeira e o proprietário da quinta Fernando Bittar.