Médicos debatem hoje promessas do Governo que estão por cumprir

A Ordem diz que a agenda da reunião é marcada pelas promessas feitas pelo Governo na sequência da greve médica de 10 e 11 de Maio “e nunca cumpridas”.

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Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos Enric Vives-Rubio

O incumprimento de promessas do Governo, como a de criação de Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP), é o principal tema de debate para o Fórum Médico, uma reunião de organizações representativas dos médicos.

A reunião desta terça-feira foi convocada pelo bastonário da Ordem dos Médicos e tem confirmada a presença “da maioria das organizações que são membros”, segundo um comunicado da Ordem, no qual se assinala que a falta dos CAMP “mantém a situação de sobrecarga para os médicos dos centros de saúde na emissão de atestados para a carta de condução”.

A Ordem diz que a agenda da reunião é marcada pelas promessas feitas pelo Governo na sequência da greve médica de 10 e 11 de Maio “e nunca cumpridas”.

Na semana passada o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, já tinha dito à Lusa que na reunião de hoje se vai analisar as medidas que ainda não foram tomadas pelo Governo após a greve.

“No entender do SIM é necessário um endurecimento das formas de luta dos médicos, dado o total incumprimento das várias matérias” que têm sido exigidas à tutela e discutidas desde antes da última greve, avisou Roque da Cunha.

Limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das atuais 200, imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e diminuição do número de utentes por médico de família foram algumas das reivindicações sindicais para a greve de Maio.

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