Há uma nova plataforma online para adoptar animais
Na primeira semana de funcionamento, o site euadoto.org vai dar prioridade à adopção de 53 animais de um dos concelhos afectados pelo incêndio de Pedrógão Grande.
O site euadoto.org, que entrou em funcionamento nesta semana, quer juntar associações de animais a pessoas que querem adoptar e simplificar ao máximo todos os passos do processo, que se faz maioritariamente online.
Durante esta primeira semana, a plataforma vai dar exclusividade a 53 animais da Associação Pegadas e Bigodes, do concelho de Figueiró dos Vinhos, que foi afectado pelo incêndio de Pedrógão Grande. “Os animais estavam no canil de Pedrogão Grande, mas foram resgatados e entregues a famílias de acolhimento temporárias, onde se encontram actualmente”, explica Nuno Machado, coordenador do projecto.
Apesar do processo simplificado, a euadoto.org continua a querer ajudar as pessoas a encontrar o “companheiro ideal”, afirma Nuno Machado: “Existem protocolos da euadoto.org com diversas instituições, como o Instituto do Animal, a Pet B Havior e outros profissionais credenciados que fazem uma avaliação do perfil do animal e do estilo de vida de quem quer adoptar, tendo em conta o ritmo de vida, se há crianças ou não, se existem outros animais em casa.” Tudo a partir de um questionário online, preenchido por qualquer pessoa que queira adoptar um animal de companhia.
Uma das vantagens da plataforma é que, após a adopção, é oferecida uma observação e aconselhamento médico-veterinário. Para além disso, todos os animais já “estão desparasitados e vacinados e, no caso dos cães, vêm identificados com chip”, adianta o coordenador do projecto.
O processo
A euadoto.org disponibiliza diversas informações dos animais, como idade, sexo, tamanho, historial, mas também um perfil em termos de sociabilidade. Após o preenchimento do questionário, que tem como objectivo perceber se o animal é o mais adequado às circunstâncias de vida dos interessados, é marcada uma visita presencial. Por fim, são validados os procedimentos do centro de recolha e é assinado um termo de responsabilidade.
O projecto, gerido totalmente por voluntários, surge numa altura em que é exercida uma forte pressão sobre os centros de recolha – a partir de 2018, passa a ser proibido abater animais nos canis municipais, exceptuando os casos em que os animais estão em sofrimento ou têm graves problemas comportamentais.
Texto editado por Pedro Sales Dias