Vitivinicultores do Douro reclamam "ajuda financeira efectiva" ao Governo
A queda de granizo e a chuva forte, que caiu na quinta-feira, afectou vinhas, olivais, pomares e outras produções de vários concelhos da Região Demarcada do Douro.
A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) reclamou esta sexta-feira uma ajuda "financeira efectiva" ao Governo para apoiar todos produtores afectados pelo mau tempo.
A queda de granizo e a chuva forte, que caiu na quinta-feira, afectou vinhas, olivais, pomares e outras produções de vários concelhos da Região Demarcada do Douro.
"De um momento para o outro, um grande número de viticultores do Douro viu desaparecer todo ou parte do investimento anual e o seu trabalho", referiu a Avidouro, em comunicado. A associação, com sede no Peso da Régua, afirmou que "há vinhas que estão profundamente afectadas e que em muitos casos a produção está completamente comprometida".
"Como é sabido, um flagelo como este tem proporções que não se ficam só por este ano. As vinhas ficam afectadas também nas campanhas seguintes", salientou
A organização reclamou ao Governo a "atribuição de uma ajuda financeira efectiva a todos os agricultores afectados", bem como a "suspensão do pagamento das prestações mensais para a Segurança Social, sem perda de direitos".
A Avidouro reivindicou ainda a "criação de uma linha de crédito altamente bonificado e com carência de dois anos, para os agricultores interessados" e a "antecipação do pagamento das ajudas/subsídios comunitários da campanha de 2017".
Para a associação, é ainda importante o apoio dos serviços do Ministério da Agricultura, "na indicação dos tratamentos a efectuar, para minimizar prejuízos maiores".
"Sucessivamente, ano após ano, a situação dos pequenos e médios viticultores durienses agrava-se. Há mais de uma década que é constante a sucessiva quebra do rendimento das explorações vitícolas", referiu a Avidouro. A organização lembrou que, em 2016, se verificou "uma quebra de produção acentuada associada aos problemas da sanidade vegetal (míldio e oídio). "E veem-se agora os viticultores, de novo, a braços com mais uma tempestade que lhes ceifa a produção", concluiu.
Os técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) estão esta sexta-feira no terreno a fazer o levantamento dos prejuízos causados pelo granizo e chuva intensa.
Há relatos de estragos na agricultura desde as hortícolas de Vila Pouca de Aguiar, vinha em Sabrosa, Alijó, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio, concelhos do distrito de Vila Real, e ainda em pomares de maçãs e vinha de Armamar e Tabuaço, no distrito de Viseu.