Nos Alive começa tranquilo à espera dos cabeças de cartaz

A lotação está esgotada mas nas primeiras horas esse efeito ainda não se faz sentir num festival à espera de The Weeknd, Foo Fighters e Depeche Mode.

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Muitos adolescentes no primeiro dia, amanhã e depois prevê-se uma audiência mais transgeracional Miguel Manso
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Algumas aglomerações no trânsito e filas de pessoas à entrada, mas sem atropelos e tudo de forma ordenada, com música tranquila e os primeiros sinais de entusiasmo direccionados para os ingleses Alt-J. Foram assim as primeiras três horas de Nos Alive. 

Os bilhetes para a 11.ª edição do festival esgotaram há muito – 165 mil espectadores divididos pelos três dias –, pelo que existia a expectativa de perceber, ao primeiro dia, se tudo decorreria dentro da normalidade no que se refere ao espaço, aos acessos ao mesmo e às condições de segurança. Pelo menos até às 20h de quinta-feira, ou seja, às primeiras horas do festival, nada de anormal a registar, embora o grande fluxo de público ainda estivesse para surgir, para ver os Phoenix, The xx e The Weeknd. 

Apesar do muito trânsito, nota-se que muitos seguiram os conselhos da organização e das autoridades, que comunicaram que era preferível a deslocação através de transportes públicos – comboio e autocarros, principalmente –, ou se a opção fosse o carro particular, que estacionassem em áreas não próximas do recinto, situado no Passeio Marítimo de Algés. Também foi solicitado que o público não levasse mochilas, de forma a agilizar as revistas pelas autoridades à entrada, e pelo menos até à hora em que escrevemos, o fluxo de assistentes fazia-se de forma lenta mas regular. 

Do ponto de vista da música, as primeiras horas foram marcadas pelos concertos dos ingleses Alt-J e pelos canadianos Rhye. No palco principal, os Alt-J vieram mostrar algumas das canções do novo álbum, Relaxer, que está longe de ser um registo óbvio, expondo uma sonoridade sofisticada e espacial, contendo elementos de folk, rock, electrónicas e psicadelismos. Naturalmente foi quando os três músicos optaram por abordar temas mais antigos que os primeiros sinais de entusiasmo se fizeram ouvir. Os Rhye fizeram render as canções do até agora seu único álbum, Woman (2015), que já lhes valeu várias actuações em Portugal, onde acabam por ter um culto assinalável, graças a uma música intimista e voluptuosa, com a formação em palco a projectar momentos de pop com algumas alusões jazzísticas. 

Com um recinto de sete palcos, naturalmente, o difícil é escolher. Neste primeiro dia, dois desses espaços estão direccionados para a música de dança, com o Coreto a receber uma série de activistas da editora Enchufada, que foi popularizada pelos Buraka Som Sistema. Nas primeiras horas desta quinta-feira, nomes como Rastronaut, Izem ou Dotorado Pro trataram de manter a adrenalina alta com sonoridades afro-house e demais tipologias rítmicas, enquanto no Fado Café, onde ao longo do festival se poderão ouvir sons ligados ao fado, a guitarra de Mário Pacheco fazia-se escutar perante uma audiência atenta. 

Mas será mais tarde, quando os ingleses The xx ou o canadiano The Weeknd actuarem, que as ondas de maior entusiasmo se farão sentir. O mesmo se aplicando na sexta-feira com os Foo Fighters e no sábado com os Depeche Mode. 

 

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