Exército gastou 47 mil euros em exaustores de fumo em cozinha de Tancos

Valor da obra feita em Abril deste ano é cerca de metade do que o Exército tinha previsto para reparar videovigilância em Tancos e outras deficiências nesta área em 2018.

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Regimento de Engenheira Nº 1 Reuters/RAFAEL MARCHANTE

O Estado-Maior do Exército gastou em Abril deste ano cerca de 47 mil euros para remodelar as hottes (exaustores de fumo de tecto industriais) do Rancho Geral do Regimento de Engenheira Nº 1, instalado no Polígono de Tancos. Neste perímetro estão também situados os paióis de onde foi furtado há uma semana vário armamento de guerra e cujo sistema de videovigilância estava avariado há dois anos.

Segundo o contrato publicado no Base, portal dos contratos públicos, com data de 12 de Abril deste ano, o preço da remodelação foi de 38 374,70 euros acrescido de 8 826,18 euros que correspondente ao IVA à taxa de 0,23, o que dá um total de pouco mais 47 mil euros. A empresa contratada por ajuste directo para a obra foi a Ecoedifica – Ambiente e Construções, SA

A avaria do sistema de videovigilância nos Paióis Nacionais de Tancos é conhecida há dois anos. Neste período o Exército adquiriu equipamento de videovigilância no valor de mais de 400 mil euros (406.881.12 euros) para varias unidades, mas nunca para a base militar onde está guardada uma parte significativa do material de guerra português e cuja  modernização só estava prevista para 2018.

Depois de se saber na passada quarta-feira que tinha sido roubado diverso material militar, o Ministro da Defesa Azeredo Lopes revelou que o sistema de videovigilância em Tancos “não estava operacional”, confirmando notícias de que essa situação já se verificava há cerca de dois anos.

Nesta altura, ministro revelou também que já estava prevista a disponibilização de verbas em 2018 para corrigir essas situações. “Está prevista uma verba já alocada de 95 mil euros na Lei de Programação Militar. Estamos a falar de um plano que tem um sistema integrado de videovigilância do Exército que foi elaborado e que vai estar concluído em 2018 e que visa reparar no fundo as deficiências que foram detectadas neste domínio”, acrescentou.

O que estava previsto para 2018 foi agora antecipado por decisão do exército para este ano.

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