Câmara do Porto compra teatro Sá da Bandeira por dois milhões de euros

A decisão carece ainda de aprovação pela Assembleia Municipal e posteriormente, pelo valor em causa, está obrigada ao visto do Tribunal de Contas.

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Ana Maria Coelho

A Câmara Municipal do Porto vai comprar o Teatro Sá da Bandeira, a mais antiga sala de espectáculos da cidade, pelo preço de 2,1 milhões de euros e exercendo o direito de preferência, anunciou nesta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, o adjunto do presidente da Câmara do Porto, Nuno Santos, avançou que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, decidiu hoje exercer o direito de preferência daquela autarquia para comprar a sala de espectáculos mais antiga da cidade, o Teatro Sá da Bandeira, pelo valor de “2,1 milhões de euros”, um valor que classificou de justo, e a intenção é “manter o teatro com a função social e cultural” e não perder esse património.

“É intenção do município adquirir este imóvel considerando o seu interesse histórico e cultural para a cidade do Porto”, pelo “preço de 2,1 milhões de euros” lê-se na proposta da autarquia a que a Lusa teve acesso e assinada pela vereadora do pelouro da Educação, Organização e Planeamento, Guilhermina Rego.

O valor de 2,1 milhões de euros que a Câmara vai ter de pagar depois de ter activado uma avaliação rápida – três dias – é um preço “justo e aceitável para o valor de mercado”, disse Nuno Santos, referindo que o valor já estava inscrito na escritura entre o vendedor e o comprador, porque não há lugar para negociações quando se exerce o direito de preferência.

A intenção da Câmara do Porto vai ser levada à próxima reunião de Câmara, que se realiza na próxima terça-feira, depois carece ainda de aprovação pela Assembleia Municipal e posteriormente, “pelo valor em causa”, está obrigada ao “visto do Tribunal de Contas”, explicou Nuno Santos.

O edifício do Teatro Sá da Bandeira, que está localizado na zona de protecção do centro histórico do Porto, não estava classificado e em termos de Plano Director Municipal também não estava inscrita a função do exercício, o que significa que “amanhã o novo proprietário do edifício poderia demoli-lo e construir lá um hotel ou outro qualquer equipamento”, explicou Nuno Santos.