Benfica nega tentativa de "condicionamento de arbitragem"

O clube da Luz reitera que vai recorrer aos tribunais, falando em campanha com recurso a "práticas criminosas".

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Nuno Ferreira Santos

O Benfica negou esta quinta-feira "qualquer tentativa de condicionamento quer da arbitragem, quer dos órgãos da justiça desportiva", em resposta às denúncias que têm sido feitas pelo director de comunicação do FC Porto.

"Nunca em nenhuma circunstância tais actos ocorreram", salienta o clube da Luz num comunicado na sua página oficial.

Os "encarnados" falam em campanha "com recurso a práticas criminosas" e que a "seu tempo serão devidamente julgadas e sancionadas, é essa sim uma flagrante tentativa de condicionamento dos árbitros e da justiça".

Também esta sexta-feira, uma fonte da Federação Portuguesa de Futebol disse à Lusa que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), encaminhou "sempre" as suspeitas de irregularidades ou de crimes para as instâncias competentes. Em causa estão as denúncias do FC Porto sobre a alegada influência do Benfica na arbitragem.

"Desde o primeiro dia do seu mandato na FPF, Fernando Gomes tem feito um trabalho silencioso, mas eficaz, para defender a verdade desportiva. Sempre que tem conhecimento de qualquer informação ou facto que possa indiciar irregularidades ou práticas criminais, o presidente da FPF encaminhou esses dados para as entidades policiais, de investigação ou para os órgãos de justiça desportiva.", referiu a mesma fonte.

Esta reacção surgiu depois de o director de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, ter revelado a alegada partilha de mensagens de telemóvel do actual presidente da FPF, na altura em que presidiu à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), entre o director de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da LPFP Carlos Deus Pereira.

Antes, o responsável dos dos "dragões" já tinha revelado mensagens de correio electrónico de responsáveis do Benfica, casos de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira, sobre árbitros e delegados da LPFP e também com o ex-presidente da LPFP Mário Figueiredo, invariavelmente acusando os "encarnados" de influência sobre os árbitros.

Toda esta situação já levou o Benfica a manifestar-se em outras ocasiões, com o clube a reiterar que "é nos locais próprios que tem vindo a diligenciar pela salvaguarda do seu bom nome e reposição da verdade".