Começou a Fase Charlie: Portugal em alerta máximo de incêndios
Portaria justifica antecipação com a previsão de “condições meteorológicas adversas de temperatura, que determinam o aumento do nível de perigosidade para alerta vermelho e laranja no território continental”.
No ano passado foi prolongada 15 dias, este ano foi antecipada nove dias: a Fase Charlie, a mais crítica do combate aos incêndios florestais, arrancou nesta quinta-feira. Passam assim a estar de prontidão mais 50% dos meios humanos (quase dez mil), mais dois terços dos veículos (1255) e mais do triplo dos postos de vigia (236) do que na chamada Fase Bravo, que se costuma prolongar até 30 de Junho. O número de meios aéreos aumenta de 24 para 39 e o número de meios anfíbios mantém-se o definido para a Fase Bravo a partir de 20 de Junho: oito.
A portaria do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural publicada em Diário República justifica esta antecipação com a previsão de “condições meteorológicas adversas de temperatura, que determinam o aumento do nível de perigosidade para alerta vermelho e laranja no território continental” e que aumentam o “nível de risco de ocorrência de incêndios florestais”.
É proibido, por exemplo, lançar balões com mecha acesa (como os dos santos populares) ou qualquer tipo de foguetes, fazer queimas ou queimadas, fumar ou fazer fogueiras em espaços florestais ou manobrar maquinaria que possa soltar faíscas. Para além das condições meteorológicas, para a definição do período crítico conta também o historial das ocorrências de incêndios florestais — e este ano, desde Janeiro, a área ardida já é quatro vezes mais do que a média dos últimos nove anos.
O nível de perigosidade de incêndio florestal traduz o grau de susceptibilidade de uma área do território e a probabilidade de ali acontecer um fogo.