Marcelo lamenta morte de militar no Mali e reafirma empenho no combate ao terrorismo
"A morte prematura e trágica deste português, ao serviço da União Europeia, é um ataque aos valores democráticos em que todos acreditamos", afirmou o Presidente da República.
O Presidente da República lamentou a morte "prematura e trágica" de um militar português no Mali, na sequência de um ataque terrorista, e defendeu que a melhor homenagem será continuar o combate ao terrorismo.
"A morte prematura e trágica deste português, ao serviço da União Europeia, é um ataque aos valores democráticos em que todos acreditamos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem publicada na página da Presidência.
O Presidente da República acrescentou estar seguro de que "a melhor homenagem" a prestar ao militar "será continuar firmes e determinados em combater o avanço do terrorismo, defendendo, valorizando e promovendo os valores democráticos da liberdade e do Estado de Direito em que se funda Portugal e a União Europeia".
Na mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa apresentou "sentidas condolências" à família do militar, indicando que contactou pessoalmente a viúva e solicitou ao ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, que apresentasse pessoalmente as condolências aos familiares.
"Quero igualmente manifestar o meu pesar e solidariedade a todos aqueles que sentem com maior dor a perda abrupta do seu camarada e amigo", escreveu ainda Marcelo Rebelo de Sousa.
O Sargento-Ajudante Paiva Benido, 40 anos, casado e com duas filhas menores, era natural de Valongo e prestava serviço no Comando de Pessoal no Porto, integrando o contingente nacional na Missão de Treino da União Europeia no Mali, composto por dez elementos, disse à Lusa fonte do Exército. Um segundo militar português "saiu ileso deste ataque", que ocorreu no domingo pelas 16h, no Hotel Le Campement Kangaba, nas imediações de Bamako, segundo um comunicado divulgado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas.
Segundo o comunicado, o local onde ocorreu o ataque, Hotel Le Campement Kangaba, "é reconhecido e autorizado pela Missão de Treino no Mali como Wellfare Center, para convívio e repouso entre os períodos de actividade operacional dos militares que prestam serviço naquele país.
Um inquérito "no sentido de esclarecer as circunstâncias que envolveram o ataque terrorista em Bamako" já foi instaurado, adiantou o EMGFA.