Trump investigado por possível obstrução à justiça

Washington Post noticia que procurador especial para as alegadas ingerências russas está a investigar Presidente dos EUA.

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Reuters/KEVIN LAMARQUE

O procurador especial Robert Mueller está a investigar se o Presidente dos EUA, Donald Trump, tentou obstruir a justiça, noticia o Washington Post.

A notícia surge depois de Mueller se ter encontrado com os líderes do comité dos serviços secretos do Senado, para assegurar que as respectivas investigações não entram em conflito.

Robert Mueller, director do FBI entre 2001 e 2013, com a confiança dos presidentes George W. Bush e Barack Obama, lidera a investigação às alegadas ingerências russas nas eleições americanas de 2016.

“A fuga de informação do FBI relativamente ao Presidente é ultrajante, indesculpável e ilegal”, afirmou Mark Corallo, porta-voz do advogado de Trump, Marc Kasowitz, citado pelo Washington Post.

Investigar um Presidente em funções é, no entanto, uma tarefa complexa, assim como acusá-lo de qualquer crime que tenha cometido, uma vez que o Departamento de Justiça fez saber que não é um procedimento apropriado. Especialistas defendem, segundo o Washington Post, que o ónus da prova seria entregue ao Congresso que, nesse caso e perante provas de má conduta criminal, estaria encarregue de decidir destituir o Presidente ou não. 

Na semana passada, o ex-director do FBI James Comey acusou o Presidente dos EUA de lhe ter pedido para deixar de investigar Michael Flynn, o homem que foi forçado a demitir-se do posto de conselheiro de Segurança Nacional por ter mentido ao vice-presidente sobre o conteúdo das conversas que teve com o embaixador da Rússia em Washington.

Robert S. Mueller III está a ouvir responsáveis das várias agências de serviços secretos neste caso, diz ainda o Washington Post, com o objectivo de encontrar testemunhas dentro e fora do Governo. 

Trump tinha garantido (e Comey não desmentiu) que não estava a ser investigado pela suposta interferência russa nas eleições de Novembro de 2016. Mas responsáveis não identificados, agora ouvidos pelo Washington Post, garantem que isso mudou pouco depois de o Presidente ter demitido James Comey.

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