Pais e directores contra greve de professores em dia de exames

Presidente da Associação de Directores de Agrupamentos e Escolas deixa um apelo ao entendimento entre os sindicatos e o Ministério da Educação.

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A greve será "um prejuízo para a escolas pública", diz Confap Rui Gaudêncio

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) “lamenta profundamente” que a greve dos professores marcada para 21 de Junho, dia de exames nacionais do ensino secundário, vá “prejudicar todo um trabalho desenvolvido ao longo do ano por alunos, docentes e pais”, indicou ao PÚBLICO o presidente da Confap, Jorge Ascenção.

O responsável da Confap considera também que a solução não pode passar, como defende a Fenprof, por adiar o dia do exame, já que isso iria “desconsiderar todo o trabalho e planeamento que os estudantes fizeram”. “O que faria sentido é que a greve fosse convocada para um dia que não houvesse exames”, disse, para acrescentar que esta forma de luta, que só acontecerá no sector público, constitui também “um prejuízo para a escola pública”. “A sociedade fará a sua avaliação”, rematou.

Da parte dos directores vem um apelo ao ministério e sindicatos. “Faltam ainda 15 dias para a greve. Até lá tentem tudo por tudo para chegar a um entendimento e para que a greve seja desconvocada”, disse o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDE), Filinto lima.

Para este dirigente escolar, o sentimento agora é de “tristeza” por não se ter registado consenso. “Haver uma greve vai ser negativo para toda a gente”, acrescenta, embora reconheça que a paralisação é “um direito que assiste aos trabalhadores”. 

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