A Federação Nacional de Professores (Fenprof) considera que os resultados da reunião com o ministro da Educação ficam aquém das expectativas, mas a decisão de avançar ou não para uma greve nacional só será tomada à tarde.

À saída da reunião, o líder da Fenprof frisou, contudo, que houve da parte do ministério abertura para algum entendimento, que seria concretizado numa próxima reunião, que poderá ser marcada ainda hoje.

Mário Nogueira lembrou que as questões em causa "não são da exclusiva responsabilidade do Ministério da Educação" e apelou ao Governo para haja abertura para um compromisso.

Também a Federação Nacional de Educação só tomará uma decisão à tarde, mas o líder da FNE já disse que as respostas do ministério foram “claramente insuficientes”.

Dias da Silva disse ainda que não viu da parte do ministério “condições” para apresentar outras respostas”.

Os professores ameaçam fazer greve no dia 21 deste mês, dia em que se realizam exames nacionais.

Os sindicatos de professores querem que o Governo se comprometa a integrar nos quadros, durante esta legislatura, todos aqueles que estão nas escolas a cumprir necessidades permanentes. Serão mais de 20 mil, segundo as contas da Fenprof.

Actualmente está em curso um processo de vinculação extraordinária para o qual foram abertas 3019 vagas e que se destina a professores que têm 12 ou mais anos de serviço. Já esta semana, a Fenprof denunciou que o Governo afinal não abriu quase 900 das vagas a que se comprometera.

Recorde-se que a Fenprof já tinha feito um pré-aviso de greve para o próximo dia 7 destinados aos professores do ensino artístico especializado. Esta paralisação tem como objectivo exigir a vinculação destes docentes que estão a contrato — uma das questões que a Fenprof pretendia discutir com o ministro da Educação numa reunião que pediu para 26 de Maio. Tiago Brandão Rodrigues agendou-a para dia 6 de Junho.