PSD e CDS satisfeitos com proposta de Bruxelas

Sociais-democratas e centristas lembram que propostas da Comissão acolhem sugestões do anterior Governo.

Foto
LUSA/LUÍS FORRA

O PSD e o CDS mostram-se muito satisfeitos com as propostas da Comissão Europeia para concluir a União Económica e Monetária, com medidas como a criação do Fundo Monetário Europeu (FME) e a possibilidade de nomeação de um presidente a tempo inteiro para o Eurogrupo.

O líder do PSD, Passos Coelho, aproveitou o encerramento das jornadas parlamentares do partido, na passada quarta-feira, para se congratular com o documento que está em cima da mesa.

“Fiquei muito satisfeito porque o documento de reflexão tem lá quase tudo o que representou a posição do Governo português em 2015”, sublinhou. Nessa altura, como primeiro-ministro, Passos Coelho defendeu, em Florença, a criação de um Fundo Monetário Europeu, que colocaria a Europa numa posição mais favorável para a resolução dos seus problemas. O FME seria crucial para o fortalecimento da confiança nas instituições, defendeu o líder social-democrata. Na newsletter do partido, o PSD lembra que, quando avançou com esta proposta e a defendeu na Europa, não teve o apoio do PS e que António Costa também “fugiu a uma resposta", quando os sociais-democratas insistiram no tema, no Parlamento, em 2016.

Pelo CDS, o deputado Pedro Mota Soares também lembrou o trabalho desenvolvido pelo anterior Governo e considerou esta reforma “fundamental” para a União Europeia e para o país. “Portugal tem muito a ganhar com essa conclusão”, afirmou ao PÚBLICO o antigo ministro da Segurança Social.

Reconhecendo que o processo está “demasiado atrasado”, Pedro Mota Soares considerou que as medidas propostas são necessárias para "dar confiança aos depositantes e voltar a permitir que os bancos possam dar financiamento à economia”.

Sugerir correcção
Comentar