Polícia britânica divulga novas imagens do bombista de Manchester
As imagens foram captadas pelas câmaras de videovigilância pouco tempo antes de se fazer explodir.
A polícia de Manchester divulgou novas imagens do bombista suicida que na segunda-feira, 22 de Maio, matou 22 pessoas e feriu mais de 60 no final de um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande. As imagens foram captadas pelas câmaras de videovigilância pouco tempo antes de se fazer explodir. Salman Abedi, 22 anos, estava de óculos, de ténis, com casaco escuro, boné cinzento e a mochila na qual transportava a bomba com perpetrou o atentado terrorista mais grave dos últimos 12 anos no Reino Unido.
Num comunicado conjunto, o chefe da polícia de Manchester, Ian Hopkins, e o coordenador na Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo britânica, Neil Basu, reveleram que Abedi esteve num apartamento no centro da cidade onde terá montado a bomba, seguindo depois para a Manchester Arena. "Sabemos que um dos últimos locais onde Abedi esteve foi num apartamento no centro da cidade e que foi de lá para a arena de Manchester. O apartamento é um local muito importante na investigação pois poderá ter sido ali que a bomba foi finalizada", lê-se.
O apartamento em Granby Row, que é um dos locais que já foi alvo de buscas pelas autoridades, foi alugado através da plataforma Airbnb. Abedi é filho de um casal da Líbia que emigrou para o Reino Unido para fugir ao regime de Muammar Khadafi. Nasceu em 1994, em Manchester. Frequentou as escolas locais e ingressou na Universidade de Salford, também na região de Manchester, para estudar Gestão, mas acabou por desistir do curso. Os pais mudaram-se para Tripoli depois da queda do regime líbio. Desde então, Abedi deslocava-se com frequência à Líbia para visitar a família. Viagens que agora estão a ser investigadas pelas autoridades.
Até agora, a polícia já deteve 11 pessoas durante a investigação ao atentado. Este sábado, o Reino Unido baixou o nível de ameaça terrorista no país de "crítico" para "severo", o segundo mais alto possível, numa comunicação feita pela primeira-ministra britânica, Theresa May.