Vendas mundiais de smartphones sobem 9% no primeiro trimestre de 2017
Os clientes preferem gastar mais dinheiro em telemóveis mais avançados com mais funcionalidades, mas quem mais ganha são as fabricantes chinesas.
As pessoas estão a comprar cada vez mais smartphones, mas as fabricantes de topo – por enquanto, a Samsung e Apple – continuam a perder mercado face a marcas chinesas mais recentes. No primeiro trimestre de 2017, foram vendidos cerca de 380 milhões de aparelhos em todo o mundo. Trata-se de um aumento de 9,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a empresa de consultoria Gartner que, num relatório divulgado esta terça-feira, acrescenta que os consumidores optam cada vez mais pela compra de aparelhos mais avançados e com mais funcionalidades.
A tendência leva a que várias empresas estejam a aumentar o preço de venda dos dispositivos, mas quem mais ganha são as fabricantes chinesas, como a Huawei, a Oppo e a Vivo, que comercializam telemóveis de topo a preços mais acessíveis. Juntas, as três marcas chinesas já representam 24% do mercado, mais 3% do que a sul-coreana Samsung, que ocupa o topo da lista com uma quota de 20,7% do mercado (o equivalente a 78 milhões de unidades vendidas).
“As três maiores fabricantes chinesas de smartphones estão a guiar as vendas com os seus preços competitivos, e telefones de qualidade equipados com funcionalidades inovadoras”, explica o director de investigação da Gartner, Anshul Gupta.
Embora a Samsung, seguida da Apple com 13,7% do mercado, continue a ocupar o topo da lista, as vendas têm vindo a baixar de ano para ano. No primeiro trimestre de 2017, a Samsung e a Apple verificaram um decréscimo de 3,1% e 1% nas respectivas quotas de mercado.
Já a Huawei – que se posiciona firmemente no terceiro lugar da tabela – vendeu mais 5320 unidades em relação ao mesmo período de 2016. A Oppo vendeu mais 94,6% de telemóveis este trimestre em relação ao ano passado.
O sistema operativo Android tem uma quota de 86% do mercado, ao passo que o iOS, da Apple, fica com 13%.
Também nesta terça-feira, a Apple anunciou uma nova colaboração com a Nokia virada para a área da saúde. O acordo põe fim a uma série de litígios sobre a patente original de vários produtos das empresas, que se arrastavam em tribunal há quase uma década, e foca-se "na exploração de uma colaboração sobre iniciativas digitais relacionadas com a saúde”. Os detalhes do acordo mantêm-se confidenciais, mas sabe-se que a Nokia vai fornecer produtos e serviços de infra-estrutura de rede para a Apple que, por sua vez, volta a vender os produtos de saúde digital da Nokia nas suas lojas.