Sonae vai apostar nos supermercados biológicos a nível nacional
Volume de negócios global cresceu 6%, para 1278 milhões de euros, e o do retalho alimentar 3%.
O volume global de vendas da Sonae cresceu 6% no primeiro trimestre, para 1278 milhões de euros, com contributos positivos de todas as áreas de negócio, incluindo as mais jovens, como a área da alimentação saudável, que o grupo quer reforçar. Os planos para os próximos meses incluem a expansão da rede de supermercados biológicos Go Natural, fora de Lisboa.
Com a compra da operação Brio, a Sonae já conta com sete lojas neste segmento, mais do que o número inicialmente previsto para o conjunto do ano. Segundo fonte oficial do grupo, que é proprietário do PÚBLICO, os planos, ainda não quantificados, são para continuação na aposta neste segmento de saúde e bem-estar, tendo em conta a receptividade revelada noutras regiões do país. O Porto deverá ser uma das cidade que se segue.
Os resultados trimestrais divulgados esta quinta-feira, revelam um crescimento de 3% da área do retalho alimentar, a que tem maior peso e a que é mais escortinada pelos analistas. O crescimento neste segmento acontece num período que não pode contar, por razões de calendário, com a Páscoa, e fica a dever-se, em grande mediada, à expansão da rede de lojas de proximidade.
Neste domínio, fonte da empresa adiantou ao PÚBLICO que se verificou um ganho de quota de mercado pelo sexto trimestre consecutivo.
Nos negócios globais, o grupo destaca “como muito positivo” o crescimento de 12,7% dos resultados operacionais, para 49 milhões de euros.
Já resultado líquido atribuível aos accionistas ascendeu a oito milhões de euros, abaixo dos 30 milhões de igual período de 2016, mas que no ano passado foram particularmente beneficiados com operações de sale and lease back (venda e arrendamento posterior do mesmo espaço) de activos imobiliários, que não se repetiram em 2017.
Entre os grandes números destacados pela empresa, que está presente em 80 países, está a criação de 1500 postos de trabalho, no trimestre, a os 470 mil cartões Universo (de débito e de crédito) e o volume de investimento, que ascendeu a 54 milhões de euros.
Nos principais negócios de retalho, a Worten registou um crescimento no volume de negócios de 0,6%, para 218 milhões de euros. A operação de ecommerce cresceu 62% em Portugal e a operação em Espanha aumentou mais de 30% em termos homólogos.
Na divisão de Sports & Fashion, o volume de negócios aumentou 25,9%, para 144 milhões de euros, área onde o grupo anunciou recentemente um acordo com a JD Sports Fashion Plc (JD Group) e com a JD Sprinter Holdings (JD Sprinter), que prevê a combinação dos negócios na Península Ibérica da JD Group e da JD Sprinter com a Sport Zone.
Nos centros comerciais, a Sonae Sierra registou um volume de negócios de 54 milhões de euros, um aumento de 4,4% quando comparado com o mesmo período de 2016, e nas telecomunicações, as receitas operacionais da Nos aumentaram 11 milhões de euros, para 381 milhões de euros.
No período, o resultado financeiro líquido da Sonae melhorou seis milhões de euros, quando comparado com período homólogo, devido à diminuição do custo das linhas de crédito. O custo médio das linhas de crédito utilizadas situou-se em 1,3%, uma melhoria muito quando comparada com o custo de 2,0% registado no período homólogo. De destacar que os resultados financeiros da Sonae excluem os negócios da Sonae Sierra e da Nos.