Fábio Coentrão acusado de fraude fiscal

Jogador do Real Madrid e Radamel Falcao são acusados pelas autoridades fiscais espanholas, segundo a imprensa de Madrid.

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ruf rui farinha

O futebolista português Fábio Coentrão, actualmente ao serviço do Real Madrid, foi formalmente acusado de defraudar o fisco espanhol em 1,29 milhões de euros em 2012 e 2013, pelo suposto recurso a sociedades no Panamá e na Irlanda, segundo avança esta terça-feira a imprensa de Madrid. Outro jogador bem conhecido do futebol português, Radamel Falcao, é também acusado de fraude fiscal num valor superior ao do português: 5,66 milhões de euros. 

De acordo com o El Confidencial, as autoridades fiscais espanholas acusam Falcao de ter utilizado sociedades nas Ilhas Virgens Britânicas, Panamá e Irlanda, quando ainda era jogador do Atlético Madrid, e de mudar a sua morada fiscal para o Mónaco, dias antes de ser transferido para o clube daquele principado, para não pagar impostos devidos em Espanha no ano de 2012.

Segundo o jornal El Confidencial, os dois jogadores utilizaram a mesma sociedade irlandesa a que recorreram outros jogadores agenciados por Jorge Mendes: a Multisports & Image Management (MIM) Limited, uma empresa de gestão de direitos de imagem, com sede em Dublin. 

O jornal El Mundo cita um documento oficial da autoridade tributária de Madrid, onde o lateral do Real Madrid, Fábio Coentrão, é acusado de "fraude tributária quantificada pela inspeção em 352.620,34 euros no exercício de 2012, 428.757 euros no ano de 2013 e 510.021 euros em 2014". O diário espanhol afirma ainda que Falcao é acusado de fraude tributária quantificada em "822.609 euros no exercício de 2.012 e em 4.839.253 euros em 2013". 

O envolvimento de Fábio Coentrão em investigações por faude fiscal já tinha sido noticiado em Dezembro do ano passado, na sequência das revelações do Football Leaks. À data, noticiava-se que o defesa tinha recebido cerca de 3,5 milhões de euros através da sociedade Rodinn, criada no Panamá, uma verba que acabou por declarar em 2015 depois de ser auditado pelo fisco espanhol.

Na altura, o futebolista português alegou que as receitas remontavam a 2011, quando ainda tinha sede fiscal em Portugal, pelo que pagou 853.000 euros em impostos ao Estado português.

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