Governo dos Açores em Washington para discutir futuro das Lajes

Os representantes dos dois países vão analisar as relações bilaterais entre os dois países e explorar novas oportunidades de cooperação com foco no Atlântico.

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Lajes em discussão em Washington Miguel Madeira

O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, participa hoje, em Washington, na 37ª reunião da Comissão Bilateral Permanente (CBP) entre Portugal e os EUA para discutir com a adminitração Trump a redução da presença americana na Base das Lajes.

"Além de temas regularmente na agenda, designadamente as relações políticas e diplomáticas, as Lajes, a Cooperação em Defesa e a cooperação com os Açores, serão abordadas outras áreas do relacionamento bilateral, como a Economia Azul, a investigação e a inovação", disse à Lusa o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Além de Vasco Cordeiro, participa no encontro o Director-Geral de Política Externa do MNE, Francisco Duarte Lopes, e, em representação dos EUA, o vice-secretário para a Europa Ocidental e a União Europeia do Departamento de Estado, Conrad Robert Tribble.

O MNE disse ainda que os representantes irão "analisar o ponto de situação das relações bilaterais entre os dois países e explorar novas oportunidades de cooperação com foco no Atlântico".

Esta semana, Vasco Cordeiro disse que não podem ser os açorianos a pagar a "fatura ambiental" que resulta da presença dos EUA na Base das Lajes. "Esse trabalho, na opinião do Governo Regional, tem que ser desencadeado pelos EUA e o nosso próprio país. Isso é outra forma de dizer que o que não pode acontecer é a factura ambiental ser passada aos açorianos e aos Açores", declarou.

O presidente do Governo dos Açores disse ter uma abordagem "muito cautelosa" em relação aos resultados do encontro e que a sua presença na reunião pretende "dar conta da urgência" que o Governo Regional atribui à questão ambiental.

Vasco Cordeiro disse ainda que já houve trabalho na comissão bilateral que foi desenvolvido com "resultados positivos alcançados" no âmbito laboral, conseguindo-se assegurar rescisões dos trabalhadores por mútuo acordo, em alternativa a despedimentos, no âmbito do processo de "downsizing" (redução de efectivos) da base das Lajes.