Mercado livre da electricidade já tem mais de 4,8 milhões de consumidores

Em Março, cerca de 52 mil clientes do mercado liberalizado trocaram de fornecedor. ERSE fala “em tendência crescente de mudanças” no mercado livre.

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Rita Franca

O mercado liberalizado de electricidade superou em Março os 4,8 milhões de clientes, de acordo com os dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). No mercado regulado permanecem ainda cerca de 1,34 milhões de clientes, na sua generalidade, domésticos.

Face a Fevereiro, surgiram mais 22 mil contratos em termos líquidos (entre os clientes que entraram e saíram), o que representa um crescimento de 0,5%. Segundo a ERSE entraram cerca de 37 mil clientes no mercado livre, dos quais 16 mil vieram do mercado regulado e cerca de 21 mil passaram directamente para as carteiras dos diferentes comercializadores – houve também mais de 52 mil clientes que mudaram de fornecedor.

Sobre a dinâmica concorrencial, a ERSE destaca que o número de clientes que sai do mercado regulado para aderir aos serviços de um comercializador em mercado livre é três vezes inferior ao número daqueles que trocam de fornecedor já neste regime concorrencial. Com isto consolida-se “a tendência crescente de mudanças de comercializador no quadro do mercado livre”, frisa o regulador.

Segundo o site da entidade reguladora, no mercado português existem 18 comercializadores para o segmento doméstico e 22 empresas vocacionadas para os grandes consumidores, industriais e pequenos negócios.

O mercado continua, no entanto, a ter um protagonista principal: a EDP Comercial, que manteve a sua posição como principal operador quer em número de clientes (85%), quer em consumos (45%), embora com descidas de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente.

Em termos de clientes, a Endesa, com 4%, viu a sua quota aumentar em 0,1 pontos. As demais comercializadoras mantiveram sensivelmente as mesmas quotas: a Galp tem 5,5%, a Iberdrola 2,2%, a Goldenergy 2%, a GN Fenosa 0,7% e a PH 0,3%.

Em Março, o mercado liberalizado representou cerca de 92% do consumo total, reforçando em cerca de 2,4 pontos o seu peso relativo em termos de consumo abastecido face ao período homólogo.

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