Polícia de Lisboa lança campanha de alerta contra Baleia Azul

PSP apela a colegas de alegadas vítimas para darem conhecimento de comportamentos anómalos.

Foto
Campanha da PSP passará por distribuição de cartazes pelas escolas fabio augusto

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP lançou nesta sexta-feira uma campanha, que inclui a distribuição de cartazes, para alertar as crianças, os jovens e os pais para os perigos do jogo Baleia Azul.

De acordo com a PSP, a campanha é composta por vários cartazes que serão difundidos pelas principais redes sociais, havendo ainda a intenção de os distribuir pelos diversos estabelecimentos de ensino da área de Lisboa, com a recomendação aos pais que se deverão manter informados relativamente aos indícios do jogo.

A PSP, que já difundiu algumas formas de prevenção no Facebook desta força policial, sensibiliza ainda os pais para que abordem, de forma descomplexada, com as suas crianças e jovens sobre as implicações deste jogo que consiste em desafiar o jogador a completar 50 tarefas, entre as quais autolesões, podendo a última tarefa resultar em suicídio.

"Importa ainda que os pais alertem as crianças sobre os riscos de adicionar desconhecidos e recomendam que apenas a família, amigos e pessoas da escola façam parte da lista de amizades nas redes sociais", refere a PSP.

Para que não abandonem o jogo, os curadores do Baleia Azul ameaçam as vítimas, dizendo inclusivamente que têm em sua posse o local de residência e informações acerca dos familiares dos jogadores, adverte a polícia.

A PSP apela aos colegas da escola que suspeitarem de algum comportamento anómalo para alertarem os directores de turma, professores e/ou os psicólogos escolares, devendo igualmente ser procurada "ajuda psicológica em quadros psicopatológicos com acompanhamento clínico".

A polícia lembra que a adesão ao jogo faz-se inicialmente através de conversações nas redes sociais, para as quais é apresentado e proposto por amigos. Posteriormente, o curador valida a aceitação da vítima convidada e integrada numa aplicação de conversação, através da qual passam a interagir. Depois disso o curador finge interessar-se pela vítima, envolvendo-a numa mentira fisicamente autodestrutiva e psicologicamente desestruturante.

Em Portugal são conhecidos sete casos de autolesões alegadamente relacionados com o jogo Baleia Azul. Pelo menos quatro deles estão a ser acompanhados pelo Ministério Público.