A EDP Renováveis conseguiu um lucro de 67,9 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, menos 9% do que no que no mesmo período de 2016, quando obteve um resultado de 74,9 milhões de euros.

As contas trimestrais da empresa liderada por João Manso Neto foram divulgadas nesta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O recuo nos resultados é explicado com uma diminuição dos recursos eólicos e com um aumento noutros custos operacionais relacionados com “o timing de contabilização dos impostos imobiliários nos Estados Unidos”.

O EBITDA (o resultado antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações) teve um recuo de 2%, passando para 373 milhões de euros. “As depreciações e amortizações decresceram 11% [em relação ao primeiro trimestre de 2016] espelhando a alteração na política das amortizações de 25 para 30 anos, que mitiga o impacto negativo da maior capacidade em operação” da empresa.

Nos primeiros três meses, a EDP Renováveis produziu 7,7 TWh [terawatt-hora] de energia limpa, mais 2% do que no período homólogo. O aumento, sublinha a empresa, beneficiou de uma melhoria da capacidade de produção em 8%.

O preço médio de venda totalizou 60 euros por MWh [megawatt-hora], diminuindo 1% face ao período de Janeiro a Março do ano anterior. O recuo, diz, espelha “as dinâmicas distintas dos parques em operação (maior produção vs. preço).

As receitas da empresa atingiram 528 milhões de euros, ficando 4% acima do montante do período homólogo, o que representa uma diferença de 20 milhões de euros.