É pela luta passada que lá vão

Há centenas de pessoas que não participam no desfile desde o Martim Moniz mas seguem directas para a Alameda, em Lisboa. Sobtretudo pelo convívio e pela “comemoração” dos direitos dos trabalhadores.

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Lisboa Rui Gaudêncio
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Porto Nelson Garrido
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Na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, há dois momentos que definem dois Dias do Trabalhador diferentes. Há o 1.º de Maio de quem lá vai pelo convívio e o 1. de Maio de quem lá vai em luta por direitos. No fim, juntam-se os dois, confundem-se entre um copo de vinho e palavras de ordem.

Maria do Céu está sentada numa cadeira de praia. Ex-emigrante, agora regressada, faz palavras cruzadas enquanto a manifestação ainda está longe e não se ouvem palavras de ordem na Avenida Almirante Reis. Vai à Alameda, esse lugar histórico das lutas dos trabalhadores no pós-25 de Abril, acompanhar o irmão que “sempre foi muito político”. Ela não, ela fica sentada, enquanto o irmão anda a falar com “camaradas”, a “conviver”.

O sol convida a um passeio. Carrinhos de bebé, um queijo e um pão, mais uma sandes de presunto na barraca do Alentejo, uma "mini" ao lado ou uma sardinha assada no pão. Antes de chegar o desfile que partiu do Martim Moniz às 15h, na Alameda são a comida e bebida que mais ordenam.

Margarida vai a todas as manifestações do 1.º de Maio desde o 25 de Abril para “celebrar o dia, para comemorar os direitos que foram conquistados”. Diz que há mais gente, mas não sabe bem dizer a diferença. Nota diferença para anos anteriores? “Sei porque pergunta isso, porque o PCP apoia o Governo. Mas não tem nada a ver. Ainda tem pouco tempo, o Governo. Continuamos a luta. Vamos ver como vai andar, se se porta bem ou mal”, diz.

Ao longe já se ouvem algumas palavras de ordem do desfile da CGTP. Chamam-lhe desfile e é mais isso do que uma manifestação típica, sobretudo porque as palavras de ordem estão mais suaves e o próprio secretário-geral da central sindical preferiu esclarecer que “a greve geral é um último recurso” e que privilegia a “negociação”.

Costa Pereira, já reformado, gosta desta nova posição: “Temos de estar aqui pela união, para servir os trabalhadores”.

E o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, não se desvia desta ideia de que luta sim, já uma greve geral, que mostraria um maior desagrado, não. Já Catarina Martins, do BE, admite que a luta dos trabalhadores é “um repto que é feito à maioria” para resolver os problemas da precariedade laboral e da contratação colectiva.

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