Jogador do Canelas critica dirigentes: “Eu assumo o que fiz. Sou mais homem que vocês”
Marco Gonçalves assume agressão ao árbitro José Rodrigues e pede desculpa ao "árbitro e à família".
O jogador do Canelas que agrediu o árbitro no jogo contra o Rio Tinto, no domingo, publicou uma mensagem no Facebook em que deixou críticas aos dirigentes do Canelas. Um dia depois de ter sido impedido pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto de entrar em recintos desportivos e contactar com árbitros pela agressão José Rodrigues, Marco Gonçalves escreveu que nunca foi directamente informado de que tinha sido dispensado do clube.
“Afirmo aqui que não podem falar assim tão mal de mim estes dirigentes do Canelas, porque nunca me disseram na cara que me dispensaram, assim como nunca disseram que tive culpa em tudo o que passou”, disse Marco Gonçalves, que se assume “culpado” e que não admite que os dirigentes do Canelas se façam de “santinhos” e façam recair sobre ele todas as responsabilidades.
Bruno Canastro, através de uma mensagem deixado na página de Facebook do clube do qual é presidente, referiu que Marco Gonçalves "nunca mais vestirá a camisola do CF Canelas 2010".
“Esse senhor que falou que tenho que ser castigado é o mesmo que me disse a mim que se tiver que foder um, dois ou três é para foder. Enfim. Sou culpado, sim, pelas minhas atitudes, mas que não me venham tapar os olhos, seus otários. Eu assumo o que fiz. Sou mais homem que vocês, cobardes”, lia-se na mensagem do ex-jogador do Canelas, que entretanto deixou de estar acessível a utilizadores que não façam parte da sua rede de amigos.
Marco Gonçalves referiu que se arrepende “de tudo” e pediu desculpas “principalmente ao árbitro e à família”.
Esta segunda-feira o ex-jogador do Canelas foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto e, como resultado da agressão, ficou impedido de contactar qualquer árbitro e frequentar recintos desportivos. Vai também responder por crime de ofensa à integridade física, segundo informações avançadas pelo seu advogado, Nélson Sousa.
Texto editado por Hugo Torres