Policiamento passa a ser obrigatório em todos os clubes com histórico de violência

FPF anuncia esta nova medida depois do caso ocorrido com o Canelas.

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Hermínio Loureiro NFS - Nuno Ferreira Santos

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reiterou nesta segunda-feira uma “política de tolerância zero” contra a violência e anunciou “policiamento obrigatório em jogos de clubes com historial de violência”.

O vice-presidente Hermínio Loureiro foi nesta segunda-feira o porta-voz da FPF, após uma reunião mantida com a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), um dia depois da agressão a um árbitro de um jogador do Canelas.

O futebolista Marco Gonçalves agrediu no domingo o árbitro José Rodrigues com uma joelhada, levando a que o mesmo recebesse assistência no hospital, enquanto o jogador foi levado pelas autoridades, num jogo que terminou logo aos dois minutos.

Na reunião desta segunda-feira com a APAF e o seu presidente, Luciano Gonçalves, num encontro em que também esteve presente o presidente do Conselho de Arbitragem, José Fontelas Gomes, foi feita uma análise dos recentes casos de violência, cujo levantamento tinha sido feito em Março.

"Fizemos, nessa reunião, um levantamento exaustivo de todas as situações de violência ocorridas distrito a distrito. Foi feita igualmente uma sensibilização para que exista uma atenção especial para os encontros mais decisivos da época desportiva em curso”, disse Hermínio Loureiro, em alusão a um encontro a 25 de Março com os presidentes das associações.

No encontro desta segunda-feira, o responsável disse ainda ter salientado à APAF que “os clubes com histórico de violência têm de ter policiamento obrigatório até final da época desportiva em curso".

O vice-presidente da FPF enfatizou a “tolerância zero” em matéria de violência e lembrou que um jogador profissional [Dyego Sousa] já foi punido com nove meses de suspensão por agressão a um árbitro num jogo particular.

“E temos imposto multas pesadíssimas aos clubes das competições profissionais por incitamento à violência ou por quaisquer outros actos relacionados com violência. A nossa tolerância é, repito, zero”, acrescentou.

Especificamente em relação ao caso de domingo, no jogo dos distritais da Associação de Futebol do Porto, entre o Rio Tinto e o Canelas 2010, Hermínio Loureiro insistiu na condenação que a FPF já tinha feito.

“É absolutamente intolerável e inqualificável aquilo a que ontem assistimos”, frisou.

O dirigente disse ainda que já foi pedido à Associação do Porto que faculte todas as informações relativamente às incidências do jogo e que José Fontelas Gomes, presidente do CA, tem acompanhado de perto o sucedido e já disponibilizou apoio ao árbitro José Rodrigues.