FPF acompanha operação de combate à corrupção desportiva

Federação diz que está a par da operação da Polícia Judiciária na investigação relacionada com "suspeitas de corrupção no fenómeno desportivo".

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A FPF afirma que continuará a trabalhar "para um futebol mais limpo e digno de um país campeão europeu" Enric Vives-Rubio

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) assumiu nesta quarta-feira o acompanhamento das investigações da Polícia Judiciária (PJ) sobre a modalidade, assegurando o empenho, "no limite das suas competências, para um futebol mais limpo e digno de um país campeão europeu".

Nesta quarta-feira, a PJ anunciou a detenção, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), de "seis homens e a constituição de oito arguidos, com ligações à indústria do futebol, pela presumível prática dos crimes de associação criminosa, corrupção activa e corrupção passiva, no âmbito da Lei da Corrupção Desportiva".

Num comunicado de três pontos, sobre "uma operação das autoridades públicas competentes em investigação relacionada com suspeitas de corrupção no fenómeno desportivo", a FPF diz que "acompanha de forma regular e é conhecedora do trabalho da UNCC, nomeadamente no que diz respeito ao desporto e ao futebol".

"A FPF reafirma que Portugal não pode ser terreno fértil para comportamentos e acções criminosas associadas ao futebol; a FPF continuará a trabalhar, no limite das suas competências, para um futebol mais limpo e digno de um país campeão europeu", remata o organismo.

A PJ, que teve "colaboração da Europol e de entidades estrangeiras de monitorização de jogos e a importante cooperação com a FPF", deu conta da realização de 16 buscas domiciliárias, em Lisboa, Vila Franca de Xira, Ovar, Gaia, Porto, Fátima, Sesimbra, Loures, Santa Maria da Feira, Sanfins e Ermesinde, tendo anunciado, além dos seis detidos, que vão ser ouvidos no pelo Ministério Público no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, a constituição de mais oito arguidos e a apreensão de diverso material relacionado com a prática da actividade criminosa em investigação.

Estas detenções ocorreram no âmbito da Operação Jogo Duplo, de combate à corrupção no desporto, em que numa primeira fase, tornada pública a 14 de Maio do ano passado, foram detidas 15 pessoas, entre os quais alguns futebolistas, por suspeita de "manipulação de resultados de jogos da II Liga de Futebol", com recurso ao aliciamento de jogadores.

Neste processo investigam-se "factos susceptíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e activa na actividade desportiva", envolvendo como suspeitos "dirigentes e jogadores de futebol" e outras com "ligações ao negócio das apostas desportivas", adiantava um comunicado do Ministério Público.

Dos 15 detidos, três ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva.