Trump aperta regras sobre concessão de vistos de entrada nos EUA

Serão aplicadas novas regras para reforçar e apertar o processo de verificação para turistas, viagens de trabalho ou familiares de americanos que queiram entrar nos EUA.

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Cidadãos de alguns países europeus, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul não serão abrangidos pelas novas regras Reuters/Jonathan Ernst

A Administração norte-americana, liderada por Donald Trump, vai apertar a concessão de vistos de entrada nos EUA exigindo novas medidas de verificação quer nos casos de turistas, quer nas viagens de trabalho ou de familiares de cidadãos americanos, noticia o New York Times.

As regras que serão acrescentadas não se aplicam a 38 países, na sua maioria europeus para além da Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul. Os cidadãos destes países podiam já recorrer ao "Visa Waiver Program" (Programa de Isenção de Visto), que permite a nacionais de certos países entrarem nos EUA sem necessitarem de visto. Estas novas regras foram incluídas numa mensagem enviado pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, a todas as embaixadas americanas, onde se instruía para que o escrutínio fosse reforçado.

As pessoas que cheguem a território americano a partir dos seis países de maioria muçulmana incluídos no decreto presidencial de Donald Trump ficarão sujeitas a medidas ainda mais restritivas. Os requerentes de visto poderão ser detalhadamente questionados sobre o seu historial e antecedentes e os respectivos historiais das redes sociais serão verificados se a pessoa tiver passado por algum território controlado pelo Daesh. Aos diplomatas foi pedido que façam um escrutínio mais alargado aos requerentes para determinar se estes representam algum perigo em termos de segurança.

Os requerentes que signifiquem algum indício de perigo ou que sejam nacionais dos seis países de maioria muçulmana abrangidos pelo decreto de Trump (Irão, Iémen, Sudão, Síria, Somália e Líbia) podem ser questionados sobre o historial de viagem, de morada de residência e trabalho nos últimos 15 anos, e todos os números de telefone, endereços de email e redes sociais utilizados nos cinco anos anteriores.

Segundo o New York Times, os especialistas e críticos da medida dizem que este aperto no escrutínio é uma forma de reduzir a concessão de vistos de entrada nos EUA e poderá dificultar e atrasar significativamente o processo burocrático.

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