Amos Oz entre os finalistas do prémio Man Booker International

Vencedores - autor e seu tradutor - são conhecidos em Junho.

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FERNANDO VELUDO

Treze livros em 11 línguas perfazem a longlist do prémio Man Booker International de literatura. Não há portugueses nem português numa lista em que estão Amos Oz, que não escrevia há uma década, o primeiro vencedor do Man Booker Ismail Kadare além de várias vozes maioritariamente masculinas e europeias de escritores, mas mais femininas na sua tradução.

O rol dos finalistas, do qual sairá uma lista ainda mais curta a 20 de Abril antes da entrega a 14 de Junho em Londres, é então composto por Compass, de Mathias Énard (França, Fitzcarraldo Editions), Swallowing Mercury de Wioletta Greg (Polónia, Portobello Books), A Horse Walks Into a Bar de David Grossman (Israel, ed. Jonathan Cape), War and Turpentine de Stefan Hertmans (Bélgica, ed. Harvill Secker), The Unseen de Roy Jacobsen (Noruega, ed. MacLehose Press), The Traitor’s Niche de Ismail Kadare (Albânia, ed. Harvill Secker), Fish Have No Feet de Jón Kalman Stefánsson (Islândia, MacLehose Press), Bricks and Mortar de Clemens Meyer (Alemanha, Fitzcarraldo Editions), Judas de Amos Oz (Israel, ed. Chatto & Windus), Black Moses de Alain Mabanckou (França, Serpent’s Tail), Fever Dream de Samanta Schweblin (Argentina, Oneworld), The Explosion Chronicles de Yan Lianke (China, Chatto & Windus) e Mirror, Shoulder, Signal de Dorthe Nors (Dinamarca, Pushkin Press).

Candidataram-se ao importante prémio literário britânico de âmbito internacional, que em 2016 passou de bienal a anual, 126 títulos. Criado em 2005, o Man Booker International visava premiar a carreira de um autor de qualquer nacionalidade desde que publicado em inglês. O seu âmbito alterou-se a partir de 2016 com um prémio para um livro, e não o conjunto de uma obra, e focou-se na importância da tradução com o fito de incentivar a publicação de títulos estrangeiros no mercado britânico.

As 13 obras foram escolhidas por um júri presidido pelo director do festival literário de Edimburgo, Nick Barley, e composto pelos escritores Elif Shafak, Chika Unigwe e Helen Mort e pelo tradutor Daniel Hahn. O prémio tem um valor pecuniário de 50 mil libras e é dividido por autor e tradutor.

A shortlist de 2015 incluiu o moçambicano Mia Couto e a de 2016 o angolano José Eduardo Agualusa. Amos Oz já tinha sido nomeado, pela sua carreira, em 2007, Alain Mabanckou repete também a nomeação conseguida em 2015 e Énard está na lista com a obra que lhe deu o Goncourt em França.

A vencedora do ano passado foi Han Kang com A Vegetariana, editado em Portugal pela D. Quixote. Dos nomeados deste ano estão já traduzidos em Portugal Bússola, de Énard, e Judas, de Oz, ambos também da D. Quixote.

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