Benfica lamenta "ausência de sanções" para "clima de coacção" sobre árbitros
O clube da Luz reuniu-se esta segunda-feira com o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
O Benfica reuniu-se esta segunda-feira com o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), lamentando "a ausência de sanções no âmbito disciplinar" para situações que criem um "clima de coacção e condicionamento" sobre os árbitros.
Na reunião, o CA fez-se representar pelo presidente, José Gomes, bem como o “vice” Jorge Ferreira e os vogais Bertino Miranda e Ricardo Duarte, enquanto o Benfica esteve representado pelo presidente, Luís Filipe Vieira, e pelo assessor jurídico Paulo Gonçalves.
O clube considerou, em comunicado divulgado esta segunda-feira, que "a ausência de sanções no âmbito disciplinar verdadeiramente punitivas daquelas situações" levam a "um clima de impunidade que acentua a necessidade de serem tomadas medidas urgentes em nome da credibilidade das competições e devida protecção das equipas de arbitragem". No mesmo documento, os lisboetas disseram ter questionado o CA "sobre as medidas que adoptou sobre as ameaças expressas à integridade física de árbitros e seus familiares", em particular na "invasão do Centro de Treinos do Polo Profissional dos Árbitros na Maia".
Em Janeiro, dois adeptos alegadamente dos Super Dragões interpelaram o árbitro Artur Soares Dias naquele espaço, num período em que as críticas às arbitragens subiam de tom após as eliminações de FC Porto e Sporting da Taça da Liga. O Benfica, que lidera o campeonato português de futebol, considera "fundamental garantir que as entidades públicas competentes tenham conhecimento exaustivos dos factos", que levam a um "ambiente de coacção e condicionamento que tem sido gerado sobre a arbitragem por parte de outros clubes".
Os “encarnados reiteraram "a confiança na qualidade generalizada dos árbitros", mas não escondem "que todo o ambiente criado contribuiu de forma determinante para uma acumulação de erros graves". O clube lisboeta considera que os erros tiveram "influência no normal desenrolar das partidas, ora em prejuízo do Benfica, ora em benefício de quem fomentou e não repudiou este indesmentível ambiente de coacção e condicionamento".
As “águias” reafirmaram ainda a "atitude construtiva e de cooperação institucional", "acreditando hoje que o Conselho de Arbitragem tem igual desígnio".