Centeno admite não vender 100% do Novo Banco

Ministro das Finanças diz que "as negociações" para a venda do Novo Banco estão a "evoluir de forma positiva".

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LUSA/OLIVIER HOSLET

O ministro das Finanças admitiu esta segunda-feira a hipótese de não vender de uma só vez o Novo Banco, à medida do que propõe agora o Lone Star, principal candidato à compra do banco. O que está previsto, disse Centeno, "é uma venda a 100%", mas os documentos de compromisso do Estado português admite "uma segunda via negocial que não envolve uma venda a 100%", disse em Bruxelas, no final da reunião do Eurogrupo.

Em declarações aos jornalistas, Centeno foi optimista sobre a condução do processo - "está a evoluir de forma positiva" -, mas cauteloso sobre a existência de uma solução desde já. O ministro falou de "mais um passo" que foi dado pelo Banco de Portugal, atribuindo a negociação exclusiva ao Lone Star, manteve o "objectivo" de ter em conta "o impacto nas contas públicas" da solução encontrada e manteve, ao mesmo tempo, a linha vermelha de não aceitar garantias de Estado no processo. Tudo sem recusar que o Estado ou o Fundo de Resolução fiquem com uma perticipação no banco.

Mário Centeno assumiu também a existência de contactos com Bruxelas, lembrando várias vezes o compromisso assumido pelo Governo em Dezembro de 2015 com a venda do banco.

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