O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, exerceu pela primeira vez na História o voto de qualidade como presidente do Senado, desempatando a votação para a nomeação da milionária Betsy DeVos para o cargo de secretária da Educação.

A votação final no plenário foi de 50 votos a favor, todos de senadores do Partido Republicano, e 50 votos contra: neste grupo, além dos 46 senadores democratas e dois independentes que se sentam na bancada liberal, incluiram-se os votos de duas senadoras republicanas, Susan Collins e Lisa Murkowski.

A indicação de Betsy DeVos, uma milionária que é uma financiadora de longa data do Partido Republicano e uma crítica feroz da escola pública, gerou enorme controvérsia, mas Donald Trump e a sua equipa recusaram retirar o seu nome de consideração e escolher outra personalidade para o cargo. À semelhança de outros nomeados, DeVos foi criticada por não ter qualquer experiência de serviço público ou da área que vai passar a tutelar.

Além disso, foram levantadas várias objecções à sua escolha por causa de conflitos de interesses. A secretária da Educação não cumpriu com as obrigações de transparência dos titulares de cargos públicos, recusando apresentar uma declaração dos seus interesses financeiros e patrimoniais.