Conflito entre tropas de Kiev e separatistas reacende-se no Leste da Ucrânia

Numa semana morreram 34 pessoas e a vida de civis está em risco, alerta a ONU. EUA acusam Moscovo de estar a reacender o conflito.

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Uma casa atingida na sexta-feira em Donetsk Alexander Ermochenko/Reuters

Pelo menos nove pessoas morreram, algumas delas civis, em confrontos no Leste da Ucrânia, onde sobe o risco de se reacender o conflito entre as forças separatistas e pró-Rússia e o exército de Kiev.

Entre os mortos na sexta-feira na cidade de Avdiivka (controlada pelo Governo), e segundo dados divulgados pelo exército ucraniano, está uma socorrista. Cinco soldados foram mortos outras zonas do Leste do país onde a inssurreição separatista começou em Abril de 2014.

Os rebeldes dizem ter sido bombardeados pelo exército e que morreram dois civis na capital da região separatista, Donetsk.

Segundo a AFP, os bombardeamentos contra Avdiivka provocaram danos graves na própria cidade.

Os dados de ambos os lados apontam para 34 mortos na última semana, um número que não se atingia desde o período de máxima intensidade do conflito, em 2014 e 2015.

As Nações Unidas pediram às duas partes em conflito para "tomarem todas as medidas para proteger a vida de civis nas áreas que controlam", e advertiu para o risco de se voltar a viver uma crise humanitária.

"Estamos muito preocupados sobre a situação humanitária e com a situação dos direitos humanos dos civis no Leste da Ucrânia, onde tem havido uma escalada nos combates ao longo da linha de contacto" entre os dois grupos em conflito, diz um comunicado da ONU.

O assalto separatista ocorreu um mês depois de uma calma relativa nesta região onde vigora uma trégua, nunca devidamente cumprida, ao abrigo dos acordos de Minsk.

Os negociadores da Ucrânia, da Rússia e dos rebeldes estiveram reunidos em Minsk, na Bielorrússia, na quarta-feira e concordam em retirar a artilharia pesada da linha da frente até este domingo. A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, acusou a Rússia por este regresso da violência. E o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscovo continua a "explicar de forma coerente a sua posição a todos os membros do Conselho de Segurança, incluindo à representante permanente dos EUA".

 

 

 

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