Governo português condena ataque contra mesquita no Canadá
O Governo português repudiou nesta segunda-feira o ataque contra uma mesquita no Quebeque, Canadá, que causou seis mortos, e defendeu a luta contra “todas as formas de terrorismo” porque “todos os atentados são condenáveis”.
Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, lamentou o ataque e transmitiu uma mensagem de solidariedade às famílias das vítimas e às autoridades canadianas.
Seis pessoas morreram e outras oito ficaram feridas num ataque contra uma mesquita no Quebeque, Canadá, perpetrado ao início da noite de domingo por dois homens encapuzados, que dispararam contra os fiéis.
“Portugal não distingue entre atentados terroristas. São tão graves os atentados terroristas cometidos contra feiras de Natal na Alemanha ou contra pessoas que celebram pacificamente festas populares, como em França, como contra mesquitas ou outros locais de culto, sejam de que religiões forem”, disse o chefe da diplomacia portuguesa.
O Governo português defende que “todos os atentados terroristas são condenáveis” e que a “luta contra o terrorismo deve ser contra todas as formas, seja qual for a sua orientação política, seja qual for a sua inspiração religiosa, se houver, seja qual for o seu discurso justificativo”.
“Todas são formas bárbaras, que violam direitos básicos de cidadãos indefesos”, sublinhou.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e o primeiro-ministro da província do Quebeque, Philippe Couillard, já condenaram o ataque, que classificaram como terrorista.
Justin Trudeau afirmou no domingo que o Canadá "vai receber" os refugiados rejeitados pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Numa mensagem na rede social Twitter, Trudeau escreveu: "Para aqueles que fogem de perseguições, terrorismo e guerra, os canadianos vão receber-vos, independentemente da vossa fé. A diversidade é a nossa força #BemVindosaoCanadá".
Trudeau difundiu, também no Twitter, uma fotografia do momento em que recebe uma criança síria, no aeroporto de Toronto.
Depois de ser eleito, no final de 2015, o primeiro-ministro canadiano supervisionou a chegada de mais de 39 mil refugiados sírios.