"Obama não conseguiu melhorar as relações raciais na América"

Michael Barone, analista do think tank conservador American Enterprise Institute e colunista do jornal Washington Examiner, é co-autor do Almanaque de Política Americana.

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Na sua opinião, quais foram os principais sucessos da presidência de Barack Obama, na política interna e nas relações internacionais?

Para mim, os dois grandes feitos são o Affordable Care Act (ou Obamacare, como é chamado) e o acordo nuclear com o Irão. Os dois foram e são francamente impopulares junto da opinião pública e das duas maiorias do Congresso actual, e nesse sentido estão sujeitos a ser revistos ou revogados – embora em ambos os casos seja difícil fazê-lo, por razões diferentes.

E qual é para si o grande fracasso da Administração Obama?

O grande falhanço de Obama foi que ele não foi capaz de melhorar as relações raciais na América. Na minha opinião, ainda as tornou piores. A sua depreciação da acção da polícia e acolhimento da ideia errónea de que assistimos a um aumento injustificado de mortes de indivíduos negros por polícias brancos levou a uma vaga de crime nas principais cidades, ao fim de um quarto de século de declínio da taxa de crime violento. Aconteceu notoriamente em Chicago, a sua cidade.

Em que é que a acção do Presidente contribuiu para essa situação?

Foram os regulamentos impostos pela sua Administração a incentivar quotas e preferências raciais, por exemplo nas acções disciplinares das escolas básicas e secundárias, que encorajaram e sancionaram a violência criminosa, cujas vítimas são largamente afro-americanas. E isso é exactamente o oposto do que a maioria dos americanos queria e esperava quando elegeram e reelegeram o primeiro Presidente negro.

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